domingo, 8 de julho de 2012

da Caridadezinha


O Lions Clube da Mealhada (Lions mesmo, não é o núcleo Sportinguista) faz um trabalho inestimável no apoio aos mais carenciados.
Um dos seus mais efectivos programas prende-se com o apoio na compra de material escolar destinado a crianças de famílias sem posses ou a passar momentos complicados, situação cada vez mais comum, mesmo no nosso concelho que felizmente nem é dos mais assolados pelo flagelo do desemprego.
O programa está aberto a quem queira participar, Lions e não Lions, e resume-se a um apoio pecuniário de cerca de cento e cinquenta euros (não tenho a certeza do valor correcto), quantia que permite apadrinhar um estudante. O dinheiro é utilizado directamente na compra de livros e outro material e o seu valor será à partida suficiente para garantir todo um ano lectivo.
Infelizmente, e porque não há almoços de borla, o organismo vê-se obrigado a organizar um lanchezinho onde patrocinadores e patrocinados acabam por se conhecer de modo a não ser perdido de vista o facto de que alguém está a dar alguma coisa a alguém.
Os patrocinados não se sentem humilhados porque quem precisa não pode dar-se a esses luxos e os patrocinadores acabam por exibir a sua bondade, sentindo-se com isso mais próximos de garantir a entrada no restrito reino dos céus.
Consta até que levam os rebentos com o intuito de lhes enrijecer a personalidade, benefício que advém do facto de conviverem com os pobrezinhos. No final, em casa, sulfatam-nos com remédio contra as pulgas e ficam como novos. Sempre fica mais barato que ir ao Badoca Park.
Para tornar a coisa ainda mais surreal, contaram-me um dia destes que há quem se tenha inscrito no programa do lado dos "caridosos" e que, com o processo já em adiantado movimento, se tenha "esquecido" de dar os trinta contos.
Recusaram-se a contar-me quem foi, mas se o objectivo era a conquista do tal lugar no céu, isso é de somenos importância: convém é terem em conta os relapsos que aparentemente lá em cima a base de dados é muito completa e que por lá tudo se sabe.

domingo, 1 de julho de 2012

do eTerno reTorno


O instagram começou por ser um app de iPhone que acrescentava efeitos às fotos.
O sucesso levou os detentores da marca a abrirem à comunidade Android e a expandirem finalmente o zingarelho para o mundo todo.
É um app realmente interessante e propõe um nunca acabar de efeitos, alguns
realmente espectaculares.
O curioso no meio disto tudo é que apesar de toda a parafernália digital, a malta acaba por vir cair aos pés do antigamente: fotos em papel.
Nasceu a camara instagram que faz tudo o que faz um smartphone: edita, envia, coloca online, mas que, à semelhança das antigas Polaroid, imprime directamente.
O sistema é ligeiramente diferente porque nas Polaroid era a própria foto que se revelava e nas instagram existe uma impressora incorporada que gasta consumíveis. Isso permite criar fotos em papel normal.
Podemos dar trezentos passos em frente, mas de vez em quando sabe bem dar dois ou três atrás.
Fixa as referências e estrutura o caminho.