quarta-feira, 29 de abril de 2009

Da gripe


We sailed away on a Winter's day...


"Dedication" é o nome de um filme. Não sei como acaba porque ainda só vou a meio.
E suspeito que vou demorar muito tempo até saber como acaba.
Vou demorar porque não consigo passar do meio.
Algo me prende ao escuro de um planetário, ao momento em que, na falta da praia e do céu estrelado, a ilustradora busca no céu do planetário a inspiração.
E o momento enche-se com esta pérola que nos afaga os ouvidos.
A cantora chama-se Joanna Newsom, nasceu na California e toca harpa. Já actuou em Portugal.
O video não é grande coisa, mas é o que tem o melhor som.
O filme chama-se Dedication e a música nem sequer consta da banda sonora oficial.
Dedication - não é um grande filme, mas é um filme bonito. Pelo menos até ao meio...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Da censura


Embora às vezes possa dar uma ideia diferente, por norma sou cuidadoso ao falar do que não sei.
Sendo fiel a esse mandamento, evitei tecer comentários aos últimos acontecimentos em redor da moção de censura à direcção do Grupo Desportivo da Mealhada.
Sou sócio (agora refiliado) e assiste-me o direito e o dever de ter assistido à Assembleia Geral da passada sexta-feira e de me ter pronunciado. Infelizmente, a minha profissão não me permite dispor do meu tempo a meu bel-prazer o que me impediu de estar presente.
Porque não domino os contornos da coisa, quero apenas deixar aqui bem patente a minha solidariedade pessoal para com os membros da direcção entretanto "censurada" pois tenho a certeza que fizeram o melhor que sabiam.
Espero sinceramente que esta tenha sido a melhor solução para o Desportivo.
O tempo o dirá.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ainda o carnaval

As contas do carnaval 2009 foram apresentadas e mais uma vez se confirmou que, do ponto de vista puramente económico, o evento não é viável nas actuais condições.
Sobre esse assunto já muito se escreveu e está visto que existem soluções possíveis consoante o caminho que se pretenda assumir.
O que seria provavelmente interessante estudar é um pormenor que pode ser crucial, independentemente de tudo o que se faça: a migração de público do Domingo para Terça-Feira.
Há muito que se comenta que, de um modo geral, o corso de Terça corre habitualmente melhor que o de Domingo.
Será que isto corresponde à realidade ou é mera especulação?
É que se tal for realidade, se o Domingo começar a ser encarado pelo público como um mero ensaio para o grande espectáculo de Terça, pode assistir-se (como já existe quem diga que acontece), a uma transferência de público de um dia para o outro.
O resultado, caso nada se faça para inverter essa ideia, será uma dimimuição continuada de assistência no Domingo e um aumento na Terça, aumento que esbarra na capacidade do recinto.
Tal cenário agravaria ainda mais o já diminuto peso (menos de um terço) das receitas de bilheteira, face ao total dos custos.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Esta indecisão mata-me

(Um cravo do tempo da outra senhora)


Amanhã é dia 25 de Abril, data maior da democracia portuguesa.
Por cá temos duas comemorações: a oficial que inclui uma sessão solene da Assembleia Municipal e mais alguns actos simbólicos (incluindo a Floribela que bem ber a bola) e a do partido comunista que inclui porco no espeto e vinho (certamente bom) no Canedo.
Não fui convidado para uma nem para a outra, mas sinto-me menos inibido para pedir pão que para pedir cultura.
Se calhar vou ao Canedo.
E tenho a certeza que serei muito bem recebido.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pillow fight


Sábado, 25 de Abril, há pillow fight em Coimbra.

Nem este escapa!


"Crise deixa Lenine roto"

"Os responsáveis pelos restos mortais do líder da revolução bolchevique queixam-se de que a múmia de Lenine já nem sequer tem direito aos restauros anuais necessários "
Jornal 24 horas, 23.04.2009

Belo

Dia internacional do livro e dos direitos de autor - 23 Abril




Nunca será demais lembrar que as Grandes Civilizações assentam os seus princípio em documentos escritos, muitos deles coligidos em grandes livros.


Do pitrol


Com o seu ar de Calimero, o jornalista da SIC Notícias José Gomes Ferreira, é hoje um dos mais interessantes entrevistadores quando se trata de temas económicos. Utiliza, tal como Camilo Lourenço, uma linguagem que toda a gente compreende e não se coíbe de fazer (e insistir) as perguntas mais importantes e às vezes mais incómodas, sempre com aquele ar de quem está a pedir desculpa a Deus e a todo o mundo. É fácil gostar-se do seu estilo.
Por isso e porque os convidados são habitualmente pessoas interessantíssimas, raramente perco os "Negócios da Semana" à quarta-feira à noite.
Ontem falou-se de combustíveis.
Fiquei a saber duas coisas muito importantes:

1.Os preços dos combustíveis sobem depressa e descem devagar porque, por motivos de marketing, não sobem tanto como deveriam e por isso demoram mais tempo a descer para irem recuperar o que perdem por não subir tanto como deviam.
Até eu percebi o quê, mas subsiste a dúvida: porquê?
Se acompanhassem em tempo real as subidas e as descidas da matéria-prima, o consumidor estaria mais informado e deixaria de pensar que anda a ser roubado.

2.Nos últimos anos tem-se agravado o custo da refinação em Portugal. Pelo que julgo ter percebido, neste momento há uma diferença de cerca de cinco euros por barril entre a média de custo portuguesa e o custo em Roterdão. A justificação para isso reside, alegadamente, no facto das nossas instalações estarem ultrapassadas. Quase obsoletas face às necessidades dos tempos modernos.
Mas então, pergunto eu! A refinação em Portugal é monopólio da Galp Energia. A Galp Energia tem apresentado lucros fabulosos que utiliza (bem) na busca de novos fornecimentos mas também a remunerar os seus accionistas e (regiamente) os seus quadros.
Não seria mais sensato que alguem se tivesse já lembrado que a modernização pode ser uma mais-valia?
É que enquanto o consumidor pagar todas estas facturas, não há motivação para investimentos que demoram a dar resultados.
Pelo meio temos o Estado Português que não parece muito interessado em defender o Zé Povo (e nem sequer estou a falar dos impostos).

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Uma bica fáchavor!

Train gran viteeessssssseeeeeee

-Ó Manel, se eles mudam de ideias o que é que fazemos a estes protótipos?

Ontem vi o senhor Primeiro Ministro a entrevistar o José Alberto Carvalho e (só quando lhe quis dar confiança) a Judite de Sousa.
Foi deprimente.
Se tirarmos os folhetins do namoro com Cavaco Silva e do caso Freeport, sobrou muito pouco.
Tudo indica que o nosso governo está a ficar sem dinheiro para distribuir porque, a par do aumento da despesa, a receita fiscal previsivelmente está a cair.
Resta-nos esperar que os nossos parceiros económicos levantem a cabeça e nos puxem, atitude que sempre tivemos no passado e que aparentemente continuaremos a ter no futuro.
Tenho pena é que se comecem a deixar escorregar algumas das grandes obras. Já estava a pensar em ir a Madrid de TGV, de borla, porque a factura, ouvi dizer, deveria ser paga apenas pelos meus netos.
Eu agora também ando de comboio e pago mais pelo bilhete que os idosos. É essa a lógica, não é!

Olho vivo

É importante estar alerta.
As oportunidades (e todas as crises as criam) têm artes e manhas.
Por vezes, batem à nossa porta sem fazer barulho!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

E o Palace do Bussaco?

(Foto roubada - por uma boa causa - ao blogue amoteluso)

"O Palace Hotel de Seteais, hoje inaugurado, é o resultado de uma profunda intervenção de conservação, reabilitação e restauro, incluindo redes de infra-estruturas e outros elementos construtivos e decorativos, mobiliário, instalações sanitárias, quartos, áreas públicas e espaços exteriores, levada a cabo pela Sociedade Hotel Tivoli e viabilizada, economicamente, pelo Turismo de Portugal.
“As obras realizadas mostravam-se indispensáveis para a recuperação e valorização de um imóvel que constitui património classificado e que se encontrava bastante degradado, garantindo-se deste modo a continuidade da exploração do Palace Hotel de Seteais com padrões de qualidade consentâneos com a sua classificação de cinco estrelas”, refere um comunicado do Turismo de Portugal.
Esta intervenção foi viabilizada economicamente por esta entidade ao contratualizar, em Março de 2008, com a Sociedade Hotel Tivoli, a prorrogação da concessão até 31/12/2023, permitindo desse modo que o capital investido nas obras, que ascende a cerca de 6,5 milhões de euros, seja amortizado em 60 por cento, sendo o remanescente da responsabilidade do Estado.
Segundo o mesmo comunicado “o Estado assegurou assim, sem encargos directos, a preservação do património nacional e de interesse público e a qualificação da oferta turística nacional, garantindo o interesse dos investidores privados. No final da concessão, o capital investido que, eventualmente, ainda não esteja amortizado, constituirá encargo do novo concessionário, nos termos do contrato a celebrar”.
Entretanto, o Palace Hotel de Seteais vai passar para a tutela da sociedade Monte da Lua - Parques de Sintra, S.A., uma alteração que, segundo o Turismo de Portugal, tem como objectivo “valorizar este imóvel e proporcionar uma melhor exploração integrada das valências turísticas, patrimoniais e naturais de Sintra”.

Ambitur, 2009.04.17

Da bola de cristal


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Musicól

A informação pode carecer de confirmação, mas foi tirada do site dos Deolinda. Dia 30 de Maio no Cine-Teatro Messias, no nosso.
Enquanto esperamos, podemos ir hoje à noite ao Salão Brazil, emblemática sala da Baixinha de Coimbra para ouvir os "The Guys From the Caravan" que já tiveram direito a post neste modesto magazine (http://chacomporradas.blogspot.com/2009/04/ladies-and-gentlemen.html). É às onze e custa cinco aereos por cabeça.
Para os mais afortunados, se ainda houver bilhetes, os sons delirantes do Emir Kusturica e da sua fabulástica "No Smoking Orchestra" podem ouvir-se no Porto, no Rosa Mota.
Pela parte que me toca terei que me contentar com os Homens da Luta e as suas baladas em mais um jantar do Bloco de Esquerda, com a presença de Ana Drago e Francisco Louçã, que acolho com prazer, pela terceira ou quarta vez, no meu humilde local de trabalho. Espero que corresponda às suas expectativas, para que continuem a voltar. Registo, com óbvio pesar, a ausência de Joana Amaral Dias que sempre compunha a sala...

Sabedoria oriental


A suspeição do Leão


Mão amiga (saquei-o na net) fez-me chegar uma cópia de um documentário que a TVI emitiu, julgo que na semana passada, acerca do desaparecimento de Madeleine McCann.
A versão baseia-se no ponto de vista de Gonçalo Amaral e, presumo, no seu livro "A verdade da mentira".
Não li o livro, mas pertenço ao grupo dos possíveis crédulos, manipulados por Gonçalo Amaral. Eu acredito na versão do homem.
Mas o que me leva a desenterrar este assunto, prende-se mais com a TVI.
A cadeia de televisão, muito ao nível do que já nos habituou, fez umas dramatizações
reconstrutivas do que se terá passado que me fizeram lembrar as novelas mexicanas que povoaram os ecrans das nossas televisões há sete ou oito anos atrás. O público-alvo da TVI aprecia o género e a mim basta aceitar ou não ver.
Fiquei, no entanto, boquiaberto quando já próximo do final aparece um afamado (disseram eles) técnico da polícia científica que tentou explicar da impossibilidade da tese de rapto.
Habituado ao Horatio Caine, ao Gil Grissom ou ao Mac Taylor, logo fiquei de pé atrás quando me apresentaram uma personagem mais parecida com o Asterix que com um detective, tal a fartura de pilosidade "buçal".
Mas o melhor estava para vir.
Quando foi necessário "dramatizar" a explicação da impossibilidade de se abrir a porta do apartamento forçando a fechadura com a introdução de um cartão de crédito, o coração saltou-me pela boca (literalmente).
Que cartão é que o suposto meliante, possível raptor e hipotético pedófilo apresentou?
Que cartão, repararam?
De sócio do Sporting!!!
Ainda estou à espera de uma explicação da TVI. Ou sabem mais do que dizem ou estão a lançar suspeições sem fundamento.
Razão tem o Socas em desconfiar da TVI!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Duarte & Companhia

Isto é só um suponhamos...


Suponhamos que a mensagem que o Amoteluso está a difundir acerca do encerramento das termas do Luso em pleno Verão é verdadeiro.
Suponhamos que se as termas fossem importantes para a estratégia do concessionário, este nunca teria alienado uma estrutura de apoio como o Grande Hotel nem teria deixado degradar as instalações.
Suponhamos que anda por aqui gente a atirar areia para os olhos das gentes do Luso.
Suponhamos que há coisas no papel que nunca vão deixar de ser coisas no papel.
Suponhamos que o Luso vai ter que continuar a fazer contas à vida.
Suponhamos que a S.A.L. nunca perdeu de vista que o seu negócio é vender garrafas, garrafinhas e garrafões de água e que nesse negócio até se sai muito bem...

terça-feira, 14 de abril de 2009

De génio...

Oportunidade


Todas as crises têm o seu lado positivo.
Esta que estamos a atravessar (a começar a atravessar), já está o mostrar um dos seus.
Segundo dados já divulgados, o número de utentes dos transportes públicos está a aumentar.
Os transportes públicos, por oposição aos individuais, são mais baratos, diminuem a emissão de poluentes e desagravam os problemas de trânsito e de estacionamento.
Como utente e defensor do transporte público não posso deixar de me congratular com pelo menos um lado bom da crise.
Claro que os portugueses, mal se sintam um bocadito mais desafogados na carteira, tratarão de tirar novamente o carrito da garagem.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Portugal é Lisboa e o resto é paisagem.


Constou-me que existem algumas probabilidades de que a fundação que se ocuparia da gestão da mata do Bussaco, morra antes de nascer.
Constou-me que existem pressões centralizadoras que alegadamente não reconhecerão aos putativos membros da fundação, capacidade suficiente para gerir tão valioso património.
Pelo que sei, o Bussaco é gerido pelo Estado Português e basta visitar a mata para ver o resultado da competência do Estado Português para a sua manutenção.
Constou-me, mais uma vez, que o braço do Estado Português no Bussaco é tão competente que tem sido mão de obra particular e gratuita a recolher as arvores que morrem. Quando o caso é mais complicado, constou-me, são os bombeiros da Mealhada que têm ido desobstruir o que a queda de árvores obstrui.
Uma verdadeira vergonha nacional.
E nem sequer estou a falar dos fundos comunitários que se podem perder por causa destes malabarismos.

Espero não ser castigado. Claro que podia pôr isto noutro dia mas não me apeteceu.

Venha de lá esse processo - crime


Sócrates: Freeport from Spam Cartoon on Vimeo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Laços


Durante a vida já me morreram parentes, já me morreram amigos, já me morreram conhecidos e já me morreram alunos. É normal que tal vá acontecendo com mais frequência à medida que vou envelhecendo e é também normal que tal tema seja encarado com mais naturalidade.
Há, no entanto, quem não sendo parente nem amigo particularmente chegado consiga marcar com mais profundidade a sua partida.
O Afonso Moura foi-me entregue em 1991 juntamente com a tarefa de lhe dar formação suficiente para poder assumir o controlo do economato da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra. Era já um homem vivido, antigo dono de um pequeno negócio de transformação de frutos secos a quem a vida dera um pontapé.
A chegada à escola fez-se por intermédio de um tio, formador na instituição.
Era um homem enorme, gordo, fumava e comia desalmadamente, mas tinha uma alma do tamanho do mundo e uma humildade a condizer.
Ensinei-lhe tudo quanto sabia na área que ele supostamente deveria abarcar, mas foi oprimeiro ensinamento aquele que ele, mesmo alguns anos volvidos, ainda me repetia em tom de brincadeira: o economato compra e armazena, a cozinha transforma e o restaurante vende - com isto controlado, controla-se tudo!
O Afonso foi a minha primeira obra enquanto profissional. Moldei-o e rapidamente ganhou asas e se assumiu não só como comprador e despenseiro de excepção, mas também como formador na sua área.
Passámos bons e maus momentos juntos mesmo depois de eu ter cessado as minhas funções, mas há um que nunca perderei de vista. Tínhamos uma sociedade no totoloto com mais uns colegas num total de onze pessoas. Um dia calharam-nos cerca de três mil contos. Calculando que
se trataria de um volume elevado de notas, dirigimo-nos à Caixa Geral de Depósitos do Calhabé munidos de uma pasta, eu como fiel depositário da maquia e o Afonso como segurança de fato escuro, óculos Ray-Ban e ar ameaçador. Infelizmente perdemos todo o brilho quando abrimos a mala em cima do balcão e a empregada nos passou para a mão dois macitos de notas de dez contos que mal se viam no fundo da pasta. Ainda tentámos que nos trocasse tudo em notas de mil, mas mandaram-nos dar uma volta. Humilhados no banco e gozados de volta à escola - ainda hoje me rio quando me lembro da figura de parolos que fizemos.
O Afonso partiu ontem à noite - caiu fulminado na sala de espera de um hospital de Coimbra.
Sinto, sem pretensões, que se me partiu um cordão umbilical. Sempre senti que tinha tocado a vida daquele homem, com vantagens para os dois.

Bélgica II


Foi-me formalmente apresentado na passada Quarta-Feira o carnaval de Binche.
Binche é uma cidadezinha do sul da Bélgica, situada na região da Valónia.
O carnaval de Binche realiza-se desde o sec. XIV e é reconhecido pela UNESCO como Património Mundial.
Vários grupos de mascarados (os Gilles) passeiam-se pela cidade, lançam laranjas e dançam ao som de toques marciais durante vinte e quatro horas seguidas. O ritmo é marcado pelos tambores e pelas socas de madeira que usam. No final juntam-se todos os grupos e festejam em volta de uma fogueira.
Durante as festividades, os Gilles param em tudo o que é tasca, café ou restaurante e, para aguentar o ritmo, comem e deliciam-se com Champagne de excelente qualidade (cada estabelecimento esforça-se por ter melhor que o anterior).
Pelo que entretanto me apercebi, nenhum dos carnavais mais conhecidos do mundo (o do Rio de Janeiro e o de Veneza) faz parte desta lista da UNESCO.
Se calhar vale a pena dar um pulo à Bélgica - um país que aparentemente tem mais para dar ao mundo que o intrépido Tintim e o minucioso Hercule Poirot.

Bélgica I

Saiu por estes dias em DVD um dos filmes interessantes que vi ultimamente.
"Bruges" (in Bruges no original), é um exemplar daquilo que habitualmente se costuma chamar de comédia negra. Uma história povoada de idiotas, de mentes retorcidas, com mortes acidentais (ou não) à mistura, com um humor que está longe de ser consensual e, neste caso, com o bónus de ter sido rodado numa belíssima cidade medieval da Bélgica, repleta de monumentos.
Um encanto.
Bruges é mais que o local onde se passa a acção - é como que um dos actores da trama. Interage com os personagens.
Nestes últimos tempos lembro-me de apenas dois filmes que lhe podem ser equiparados:
"Snatch" (Porcos e diamantes) de Guy Ritchie e "Burn After Reading" (Destruir depois de ler) dos irmãos Ethan e Joel Cohen.
Tudo filmes, digamos, diferentes.
Sem a exuberância do Tarantino mas com aquela pequena chama que, sem deslumbrar, nos permite compreender porque raio é que gostamos de cinema.
É um gosto assistir ao desenrolar das peripécias de um grupo de estúpidos nada idiotas, que demonstram um desprezo doentio pela vida humana (a dos outros) sem deixarem de nos ser simpáticos. Chegamos a nutrir apreço pela maldade.
Vale a pena ver.
Também pelos cenários.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Eu já assinei


«Professor lança petição para responsabilização legal dos pais pelo absentismo e indisciplina dos filhos.
O presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Darque, Viana do Castelo, lançou esta semana uma petição por alterações legislativas que responsabilizem efectivamente os pais nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar.
A legislação tem que criar mecanismos administrativos e judiciais, desburocratizados, efectivos e atempados de responsabilização dos pais e encarregados de educação em casos de indisciplina escolar, absentismo e abandono, modificando a lei que consagra o Estatuto do Aluno e outras leis conexas, disse à Lusa Luís Braga, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Darque e autor do texto.
Este professor de história escreveu um texto a que chamou "Petição pela responsabilização efectiva das famílias nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar", disponível em www.peticao.com.pt/responsabilizacao.
Em dois dias, recolheu quase 1000 assinaturas. O objectivo é reunir quatro mil para obrigar a Assembleia da República a discutir a questão em plenário. Na prática, o que defendo é que os encarregados de educação têm de ser responsabilizados pela educação ou não educação dos alunos, disse o docente.
Os mecanismos criados devem traduzir-se em medidas sancionatórias às famílias negligentes, como multas, retirada de prestações sociais e, no limite, efeitos sobre o exercício das responsabilidades parentais, como é próprio de uma situação que afecta direitos fundamentais de pessoas dependentes, salienta a moção.
Actualmente, a única coisa que um professor pode fazer se um aluno faltar sucessivamente é um teste de recuperação para avaliar as dificuldades da criança e isto não é nada, disse Luís Braga.
A petição colheu já assinaturas de pessoas que, para além do nome, escrevem diversos comentários. Sou mãe e exijo que os meus direitos sejam assegurados e a educação passa pela família, são alguns dos recados deixados pelos peticionários.
No momento presente, as faltas e actos de indisciplina são pouco eficazmente sancionados, tendo-se optado por medidas de tipo pedagógico, com fortes entraves burocráticos e com pouca eficácia junto dos agentes dos actos em causa, refere a petição.»

in Jornal Público

Stevie Wonderful

Ladies and gentlemen...


Mais informações em http://www.myspace.com/theguysfromthecaravan

Que pena a foto não ter música

(Coimbra, 2009.04.02 - Pedro Costa)

Às vezes, fazer pela vida, pode ser uma actividade comovente.