sexta-feira, 10 de maio de 2013

Pergunta de algibeira



Se o senhor da foto não fosse candidato a uma autarquia nas eleições de Outubro próximo, será que faria o comentário que fez hoje ao Ministro das Finanças?

felicidade



Uma referência das antigas.
Vi-o ontem na RTP e adorei revisitar as ideias, as teorias e as alucinações.
A última vez tinha sido no Pessoal e Transmissível do Carlos Vaz Marques.
É um homem feliz.
Ainda mais.

domingo, 5 de maio de 2013

da eterna busca pelos caminhos torcidos que conduzem à felicidade



Hoje é dia de cortejo da Queima das Fitas em Coimbra.
Dia de excessos, dia de contestação, dia de celebração e festejo. De orgulho, de libertação, dia grande.
Hoje, como em tempos foi, é novamente difícil obter um grau académico. Não apenas pela dificuldade inerente ao estudo, mas acima de tudo pelo esforço exigido às famílias.
Hoje, e isso nunca assim foi, além do esforço necessário à prossecução da carreira académica, é imperativo lidar com a maior das incertezas: um futuro recheado de portas fechadas.
Salvaguardando as pouquíssimas excepções, esta geração altamente treinada debate-se com o resultado das suas próprias competências: o excesso de oferta.
O excesso de oferta não é conjuntural. O excesso de oferta é o que permite à procura poder escolher os melhores e com isso evoluir e criar valor. Abrir caminhos para o futuro.
Chegados aqui, eis-nos em cima da linha que delimita os paradigmas. Se antes só estudava quem podia e isso era garantia de pleno emprego, hoje todos podem estudar e a garantia é nula.
Mas há uma coisa que não é nula: o conhecimento. O conhecimento estrutura a personalidade e queima etapas no desenvolvimento futuro. O conhecimento predispõe para mais conhecimento e conhecimento é poder. Conhecimento é liberdade.
Quando acabei o décimo segundo ano, o meu caminho estava traçado. Cursaria linguas e há trinta anos atrás isso significava apenas uma coisa: ser professor. A primeira carreira que despontou para o fenómeno do desemprego. Aquilo que fazia soar os alarmes já nos idos do meio dos anos oitenta. Ser professor era marchar em direcção ao abismo.
O preconceito venceu. Estudei gestão hoteleira, mas realizo-me a leccionar. E julgo, modéstia à parte, que sou melhor formador que hoteleiro.
Torceu-se o percurso, mas o resultado acabou por aparecer.
E é isso que me faz estar aqui, hoje, a ver os estudantes subirem a colina e a pensar em como às vezes, as grandes crises podem parir novos paradigmas.
Hoje, e porque a realidade acabou com a violência de se escolher um curso primeiro pela saída profissional e só depois, às vezes muito depois, pelo prazer, pelo que se gosta. Hoje, desejo que o futuro do mundo passe primeiro pelo prazer de se aprender, pelo prazer de se fazer o que se gosta, pelo encerrar do ciclo com base na felicidade própria e na construção estruturada do caracter.
Já que nada dá garantias de nada, tudo é garantido. Logo, escolham o que vos der prazer.
Utilizando uma figura muito querida aos treinadores de futebol, vão lá para dentro e divirtam-se.
Os resultados acabarão por aparecer.
E convém nunca perder de vista a ideia de que temos a vida toda para sermos infelizes - ou não!