segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um estudo muito sério


Sem comentários


Offshore socialista

A última novidade do Governo socialista do senhor presidente do Conselho é uma coisa chamada Fundação para as Comunicações Móveis. Esta entidade, cozinhada no gabinete do ministro Lino ex-TGV e ex-aeroportos da Ota e Alcochete, foi a contrapartida exigida pelo Governo a três operadores para obterem as licenças dos telemóveis de terceira geração. É privada, tem um conselho geral com três membros nomeados pelo Executivo e um conselho de administração com três elementos, presidido por um ex-membro do gabinete do impagável Lino, devidamente remunerado, e dois assessores do senhor que está cansado de aturar o senhor presidente do Conselho e já não tem idade para ser ministro.
Chegados aqui vamos à massa. Os três operadores meteram até agora na querida fundação 400 milhões de euros, uma parte do preço a pagar pelas tais licenças. O Estado, por sua vez, desviou para esta verdadeira offshore socialista 61 milhões de euros. E pronto. De uma penada temos uma entidade privada, que até agora sacou 461 milhões de euros, gerida por três fiéis do ministro Lino, isto é, três fiéis do senhor presidente do Conselho. É evidente que esta querida fundação não é controlada por nenhuma autoridade e movimenta a massa como quer e lhe apetece, isto é, como apetece ao senhor presidente do Conselho.Chegados aqui tudo é possível. Chegados aqui é legítimo considerar que as Fátimas, Isaltinos, Valentins, Avelinos e comandita deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado não passam de uns meros aprendizes de feiticeiro ao pé da equipa dirigida com mão de ferro e rédea curta pelo senhor presidente do Conselho.
Chegados aqui é legítimo dar largas à imaginação e pensar que a querida fundação, para além de ter comprado a uma empresa uma batelada de computadores Magalhães sem qualquer concurso, pode pagar o que bem lhe apetecer, como campanhas eleitorais do PS e dos seus candidatos a autarquias, e fazer muita gente feliz com os milhões que o Estado generosamente lhe colocou nos cofres.
Chegados aqui é natural que se abra a boca de espanto com o silêncio das autoridades, particularmente do senhor procurador-geral da República, justiceiro que tem toda a gente sob suspeita. Chegados aqui é legítimo pensar que a fundação privada criada pelo senhor presidente do Conselho é um enorme paraíso fiscal, uma enorme lavandaria democrática.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
in Correio da Manhã 29.06.2009

sábado, 27 de junho de 2009

da Screwdriver


É a coisa mais fácil do mundo.
O aperitivo perfeito para quem vai comer leitão.
Como é necessário cortar laranja para acompanhar o leitão, utilize-se a sinergia do acto.
Num copo igual ao do boneco (old fashioned), um trago de vodka, quatro pedras de gelo e o sumo de uma laranja docinha espremida directamente para o copo (sem coar para ficar mais encorpado).
Há quem goste de decorar com meia rodela de laranja.
Supimpa!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

the Hair


A idade torna-nos pueris.
Com quase trinta anos de distância, dei por mim um destes dias a perguntar qual será hoje o aspecto da minha professora de Inglês do segundo ano do ciclo.
À época, Dilma, era o nome da senhora, era uma mulher lindíssima: cabelo escuro e curto, uma cara redondinha de boneca sempre impecávelmente maquilhada e um corpo alto e extremamente elegante. A dada altura partiu um braço o que fez dela um ser vulnerável. Uma delícia aos olhos de um grupo de garotos imberbes mas já com as hormonas aos pulos.
Lembrei-me hoje da minha professora de inglês do segundo ano do ciclo ao ver as últimas imagens de Farraw Fawcett.
Com sessenta e dois anos e terrivelmente atacado pelo cancro que lhe foi fatal, Farraw Fawcett morreu bonita. Muito bonita.
Que descanse em paz.
O rapaz do post anterior também morreu, diz-que...

off the World

quinta-feira, 25 de junho de 2009

momento Aurélio da Paz dos Reis


"O novo corpo clínico apresenta-se"
(adaptado livremente a partir da versão L. Teixeira)
Filmado em Panavision

quarta-feira, 24 de junho de 2009

nada é mais remoto que o Ontem


O imenso rol de problemas elencado pelo demissionário director clínico do HMM e ainda não formalmente contestado, deriva para duas direcções opostas.
Por um lado existe o problema da alegada "gestão ruinosa" que deve preocupar acima de tudo quem lá meteu, mete, ou pensa meter dinheiro.
Tratando-se de um equipamento importantíssimo para o nosso concelho e que aparentemente ainda estará muito longe de ostentar uma estabilidade financeira suficiente para a sua sobrevivência, deverá ser objectivo primeiro da Santa Casa da Misericórdia, da Câmara Municipal da Mealhada, da ARS e de quaisquer outros intervenientes a esse nível, medir a veracidade das declarações de Luis Teixeira e de todos quantos o acompanham e agir com a conformidade e rapidez que a situação possa exigir.
Aproveito para juntar o chavão que já por aqui faltava: Doa a quem doer!
O outro lado da questão pode, a confirmar-se, ter contornos mais graves.
O conjunto das alegadas não conformidades e até falhas grosseiras apontadas pelo clínico demissionário, poderá revestir, a prazo, danos mais profundos. Trata-se de um diagnóstico feito em causa própria, logo com possibilidade de ser mais apurado.
Mais do que a que as questões financeiras (apesar de importantíssimas) são as questões de segurança, de salubridade, de garantia, que fazem o nome de uma instituição desta natureza.
Foi efectivamente aberta uma caixa de pandora.
É do superior interesse da administração do HMM e da saúde pública em geral que se faça um levantamento rigoroso da veracidade das situações apontadas, que se corrijam eventuais erros e que se apresente ao público um estabelecimento hospitalar imaculado. Um local onde os utentes se possam dirigir com confiança e se possam entregar (como até agora acontecia) com a confiança de quem sabe que irá ser bem tratado.
Nada será como antes e no entanto nada está perdido - assim que se tomem as decisões correctas.
O contrário resultará no risco recorrente de situações iguais à que se presenciou nestes últimos dias.

domingo, 21 de junho de 2009

red rainBows

do Timing


No plenário da Assembleia Municipal da Mealhada de Abril de 2009, a senhora vice presidente da Câmara disse, referindo-se ao Luso, que para fazer obras é necessário arredar os móveis. Correctíssimo ponto de vista e comparação feliz, tento-me a dizer.
Mas escapou-lhe um pormenor: nunca se arredam os móveis quando temos visitas em casa.
...
Alegadamente, o balneário das Termas do Luso vai fechar já no próximo dia 1 de Julho e manter-se-á assim, pelo menos até ao final do Verão.
Supostamente para obras de melhoramento.
Espera-se que para depois reabrir.
...
Os que defendem que a espécie "termalistus lusensis" se encontra moribunda, ofegante nas bordas da extinção, estarão provavelmente exultantes face à derradeira machadada que será desferida ao longo deste Verão no incómodo bicho.
Haverá no entanto quem ache que, mesmo em pequena quantidade (??), a colónia existente tem diminuido simplesmente porque o habitat se tem degradado de ano para ano.
Aposto até que há quem ache que, se devidamente acarinhada, a espécie poderia ainda reivindicar para si algum do espaço que possa ser eventualmente deixado livre pela construção do Mega Spa e da dezena de novas unidades hoteleiras.
Há quem ache que se está a trocar pouco por coisa nenhuma, até porque existe no mundo quem defenda que é menos traumático evoluir para uma pele nova sem ter que deixar necessáriamente cair a pele antiga.
O nosso país está cheio de habitats sedentos por acolher os "termalistus lusensis" que, cortadas as últimas amarras que os prendem ao Luso, vogarão livres, quiçá desnorteados.

Mercê de tantas camas que estão prometidas, já há quem ache que o Luso poderá ser a próxima capital do móvel.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Big brother is watching you


A Direcção Geral das Contribuições e Impostos não dorme.
Recebi uma mensagem no telemóvel, desde as profundezas de Cabo Ruivo, às quatro e dezassete da madrugada!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Bewitched, bothered & wildered

da persPectiva!

Dois amigos à mesa de um restaurante.
O empregado traz uma travessa com dois bifes de tamanhos diferentes.
Um dos amigos tira o bife maior.
-És um animal. Não tens maneiras!
-Porquê?!!
-Tiraste logo o bife maior.
-Se fosses tu qual é que tiravas?
-Por uma questão de educação, tirava o mais pequeno!
-Então de que te queixas? Não ficaste com o mais pequeno?

domingo, 14 de junho de 2009

da demagogeologia paisagisticó-florestal


Havia um certo consenso à volta do eng. António Jorge Franco enquanto vereador (principalmente agora que vai deixar de o ser).
Mal surgiu a indicação do seu nome para CEO da Fundação Mata do Bussaco, tudo se desmoronou.
A política, tal como a vida, tem destas singularidades: quem sai de cena passa a bestial, quem se atreve a desafiar a finitude, arrisca-se.
No meio de todo este barulho, uma incongruência: há quem critique mas ninguém apresenta alternativa.
Corrijo!
Apareceu uma alternativa pela voz de um... socialista!
Episódios da vida romântica, como diria o Eça.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

o Ónus


1.O Dr. Carlos Alberto Gonçalves Marques ocupa o cargo de vereador do Concelho da Mealhada, eleito democráticamente nas listas do Partido Social Democrata, encontrando-se neste momento no gozo pleno das suas funções.

2.As funções de um vereador iniciam-se quando toma posse e terminam apenas no fim do seu mandato, salvaguardando as excepções previstas na lei.

3.Considerado como apto para a função, todas as atitudes do vereador em apreço são da sua inteira responsabilidade: será obviamente consequente com os resultados que advenham das situações por si criadas.

4.Com base no acima exposto, considera-se então, que independentemente da sua proveniência, os assuntos levados pelo vereador desde que em nome próprio às reuniões do executivo são da sua inteira responsabilidade. É seu o ónus e será sempre sua a responsabilidade.

5.Jamais poderá alguém, vereador ou não, arrogar-se do epíteto de detentor da verdade. Do mesmo modo que será exercício de pura ignorância pensar-se que todos os assuntos levados à discussão brotam das imensamente sábias cabeças dos seus proponentes. Os eleitos, e neste caso os vereadores, são veículos das ideias, mas também das dúvidas e dos anseios dos partidos que representam e das populações que os elegem. É esta a essência da representação. É esta a essência da democracia.

6.Pode concordar-se ou não com a forma. Pode concordar-se ou não com o conteúdo. Pode ver-se ou não polémica nas questões levantadas pelo vereador Carlos Marques. O que não se pode é tentar retirar-lhe um legítimo direito (se calhar uma obrigação) que lhe foi concedido no dia em que tomou posse. Neste particular, independentemente de onde vierem ou qual o objectivo que as norteia, as questões levantadas pelo vereador Carlos Marques são da sua inteira responsabilidade. Ele sabe-o.

7.Serão questões incómodas mas não certezas absolutas. Os visados deverão poder defender-se e deverá ser desejo de todos que tudo não passe de um conjunto de mal entendidos facilmente explicados e inequivocamente suportados pela letra da lei.

8.Pessoalmente acho que o vereador Carlos Marques, tendo sido alegadamente confrontado com situações que possam configurar não conformidades com o preceito legal, se assim o entender, tem a obrigação de as reportar. O juízo que adoptar será sempre o seu, bem como os métodos que possa utilizar para tratar das questões.

9.Porque quem não deve não teme, os visados devem esforçar-se por repor a verdade dos factos caso seja diversa e por defender o seu ponto de vista.

10.Os não visados deveriam abster-se de trazer ao assunto coisas que dele não fazem parte: estão a prestar um péssimo serviço ao Concelho, à Democracia e à Verdade.



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Piratpartiet


O Piratpartiet é um partido sueco que defende a partilha livre de ficheiros na Internet (suponho que entre outras coisas).
Este partido, composto maioritariamente por "piratas" informáticos, elegeu ontem um eurodeputado após ter obtido 7,1% dos votos.
Há já quem defenda a globalização deste movimento em linha com os seus objectivos: transformar a net numa comunidade ainda mais abrangente.
Às tantas, a festa de "médicos/piratas" portugueses na Malásia que a TVI acusou injustamente de ter sido patrocinada por laboratórios farmaceuticos, não passou de uma acção de propaganda deste partido, devidamente avalizada pela nova lei de financiamento dos partidos políticos.


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vidas difíceis


Até as respeitáveis meninas da Rua Adelino Veiga se queixam da crise.
Obrigadas, pelo andar do relógio biológico e pela concorrência dos cavaletes do Brasil e do Leste, a ter que viver ao sabor das pensões e das reformas dos velhos, estas matronas que acariciam languidamente algumas ombreiras da vetusta artéria, queixavam-se esta manhã para quem as quisesse ouvir:
-Isto está mesmo mau. Já nem sabemos quando é o princípio do mês nem quando é o final!

Mais uma campanha negra


"O cabeça-de-lista do Partido Socialista ao Parlamento Europeu foi o docente menos votado nas eleições para o Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Vital Moreira não recebeu nenhum voto no escrutínio de terça-feira."


Semanário Sol 2009.06.05

Os verdadeiros temas da Europa

1.Se a Sharapova pode guinchar à vontade porque é que andam a embirrar com a Michelle Brito?
2.Se os destroços já encontrados não são do Airbus da Air France, de quem são?
3.Será que o marido da Ana Malhoa comprou a Playboy?
4.Como é que é possível que meia duzia de manifestantes idosos tenha conseguido manter sequestrado o Ministro da Finanças durante 20 minutos no centro de Lisboa?

terça-feira, 2 de junho de 2009

do Portugal vibrante


Num Shopping de Coimbra existe uma loja de brindes para festas. Existem brindes para vários tipos de festas, incluindo alguns mais "malandrecos".
Com base nos "malandrecos", a ASAE pretendia fechar a loja alegando que não estava licenciada como sex-shop. Acontece que, segundo o jornal onde li isto, em Portugal não existe legislação específica para sex-shops. Apenas para quem vende pornografia o que não se aplica ao caso em apreço, diz-que.
Ficou tudo em stand by.
Mas a autoridade não desarmou. No piso imediatamente sobre a dita loja, existe um local de culto de uma seita religiosa.
Pimba!
Agora é que vai.
Parece que em Portugal é proibido vender artefactos de cariz erotico-pornográfico a menos de 300 metros de locais de culto, independentemente da religião.
Aí vem chumbo de novo para a loja dos brindes "malandrecos".
Acontece que o dono da loja resolveu perder a paciência e, parece-me a mim, com toda a razão. Parece-me a mim e pareceu ao Tribunal.
Quando o dito local de culto nasceu, a loja já vendia brindes "malandrecos" há pelo menos um ano naquele local.
Mais.
Segundo depois se apurou, o local de culto está licenciado na Câmara como cinema.
Resumindo: enquanto não for proibido vender pirocas de plástico junto aos cinemas, o dono da loja de brindes "malandrecos" pode continuar a trabalhar.
Se a seita religiosa resolver licenciar adequadamente o espaço terá sempre que cumprir a lei. Se é proibido vender pirocas junto às igrejas, também deverá ser proibido instalar igrejas junto a espaços onde se vendem pirocas de plástico.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Thoughts on... the sea

O meu colega "Thoughts on Mealhada", atento como habitualmente, chama hoje à blogosfera um assunto de capital importância: o mar.
A nossa orla costeira representa mais de metade da fronteira do país.
Um território recorrentemente votado ao abandono desde há umas dezenas de anos a esta parte e que merece uma profundíssima reflexão.

1.A costa portuguesa esteve durante os últimos 20 anos vigiada por 4 (sim quatro) radares que cumpriam a sua função dentro das possibilidades. Acontece que esses radares, exaustos após 20 anos de serviço, já deveriam ter sido substituídos - e têm sido: mas por homens com câmaras que apenas alcançam 4 km da costa. Aparentemente não há dinheiro para mais.
Quatro quilómetros que permitem ver as lanchas do tráfego de droga e do contrabando, mas que não dão tempo para as interceptar.

2.Portugal é o país da Europa com maior área económica exclusiva. O país que consome mais peixe per capita na UE mas, embora existam recursos e área disponível para os capturar, uma grande percentagem do pescado que consumimos é importado. Apenas porque destruimos a nossa frota pesqueira em troca de dinheiro da Europa. Mas a Espanha também recebeu dinheiro e mantém a frota.

3.Em face de tudo isto, o problema dos nadadores-salvadores chega a ser caricato. Todos nos lembramos do Cabo do Mar: aquele marinheiro que cobrava pelo uso do chapéu na praia. Se a marinha serviu durante anos para cobrar taxas, parece-me que facilmente cumpriria uma missão muito mais nobre: salvar vidas. Isso é que seria serviço público. Uma coisa tão importante como manter a integridade da população não pode ser deixada nas mãos, mesmo que voluntariosas, dos concessionários dos apoios de praia.

E que tal alguém já se ter lembrado de pôr a tropa a fazer vigilância contra incêndios.
E onde é que anda aquela ideia de adaptar os Pumas para o combate a incêndios?

Escorrências

(boneco enviado pela Senhora Professora Doutora Anabela)