terça-feira, 30 de março de 2010

do enigma


O texto não é novo, já passou pelo meu email duas ou três vezes, mas não deixa de ser um clássico.
Não sei quem é o autor.

"O enigma do orgasmo feminino"
O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado. Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar
esclarecer este assunto.
A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista na TV com uma conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do orgasmo. Os resultados mostram que, na hora H, a pardaleca dispara uma carga de 250.000 micro volts. Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do "ai meu Deus", são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo. Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan... carregar.
Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma rata: é uma torradeira eléctrica!!! E se der curto-circuito na hora de "virar os olhos"? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada. Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin.
E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado. É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não vá correr-se o risco esturricar a alheira.

domingo, 28 de março de 2010

do carisma


Sempre guardei uma razoável e higiénica distância para com a famigerada disciplina de educação física. Pelo facto de ser um aluno bastante razoável às disciplinas teóricas e porque, apesar de tosco, ainda me esforçava por não parecer completamente inútil, cheguei a ter um quatro no ciclo preparatório. Ou por isso ou porque a professora Rosa Branca tinha (e tem) uma inteligência superior e conseguiu ver em mim o atleta que nunca ninguém viu, incluindo eu próprio.
Do preâmbulo se infere a minha relação paralela com o esforço. Que aliás perdura.
Quando cheguei ao liceu, a situação permanecia estável. Agravada pelo facto de que já não éramos meninos e porque a audiência era muito maior e menos compreensiva que no ciclo preparatório.
Nessa época remota, para muitos considerada hoje diabólica, era um dado adquirido que existiam diferenças de forma e de substância entre professores e alunos. Não era raro ouvirem-se histórias de professores carismáticos -uns temíveis porque intragáveis ou simplesmente maus, outros temerários porque despertavam sentimentos de admiração junto dos alunos - é verdade, houve tempos em que os alunos sentiam pelos professores coisas mais profundas que mero desprezo.
Entre os temíveis, contava-se o famigerado prof Marieiro (penso que se escreve assim), o diabo da matemática, que nunca tive o desprazer de enfrentar e de quem ainda hoje não sei se era mau ou simplesmente incompetente.
Do lado dos temerários, brilhava na educação física o prof Simões, professor competentíssimo, homem com visão de futuro, dotes de liderança, grande empenhamento e profunda compreensão do género humano.
Foi um privilégio ser seu aluno no nono ano.
Morreu nesta semana que hoje termina e o chacomporradas não poderia deixar de lhe prestar a sua homenagem.

quarta-feira, 24 de março de 2010

o eterno retorno


Embora odiasse de morte o conde de Barcelona, Francisco Franco proporcionou ao filho (Juan Carlos) a possibilidade de almejar a reconquista da Espanha para a causa monárquica. Pretendia o generalíssimo coroar um monarca frouxo e acessível aos caprichos do Status Quo para assim poder morrer em paz.
Juan Carlos aparecia titubeante, aparentando fragilidades várias, uma evolução na continuidade.
Mal Franco desceu aos infernos, o monarca desabrochou, assumiu o seu país, virou a Espanha para os trilhos de democracia e empurrou o país para o futuro.
Tudo isto apesar de não ter sido formatado para tal, ao arrepio do que quem o promoveu queria.
Às vezes as coisas acontecem porque têm que acontecer. Por muito que se premedite em sentido contrário, por muito que se planeie o oposto.
É por isso que eu continuo a achar que uma pessoa pode fazer a diferença. E pode fazê-la independentemente das alianças que conjunturalmente se forçou a manter, independentemente de alguns passos atrás para construir passos em frente, independentemente de julgamentos de carácter de que possa ter sido alvo.
As circunstâncias podem ditar as posições e não é à toa que se costuma dizer que os perfumes melhores costumam vir nos frascos mais discretos.
Lembrei-me de tudo isto por causa das eleições no PSD da Mealhada.
Não voto, não sou militante, tão pouco tenho uma especial preferência por este ou aquele putativo candidato a líder. Mas posso exigir, enquanto cidadão, que exista uma alternativa credível ao poder. Coisa que está longe de acontecer no momento presente.
Uma oposição de confiança obriga o poder a estar alerta, concorre para que o exercício dos mandatos seja mais rigoroso e dá aos eleitores a possibilidade de fazerem as suas escolhas por comparação de projectos. Só assim se vive em democracia.
António Miguel Ferreira tem um mandato para demonstrar ao que vem. Jamais conseguirá esconder quem o empurrou, mas pode a qualquer momento começar a andar pelo seu pé. Não estou com isto a dizer que ele o irá fazer ou que o saiba fazer ou que tenha sequer coragem para o fazer. Tão pouco tenho comigo informação que me permita dizer se tem competência ou arrojo para o fazer.
Sei apenas que gosto de ser surpreendido, aliás, usei esta mesma expressão acerca de Miguel Felgueiras.
E sei o que no passado disse a quem comigo comentou o percurso, algo sinuoso, de António Miguel Ferreira. E disse-o a mais que uma pessoa: o Tó Miguel, concorde-se ou não com a opção, tem um caminho próprio. Tem um plano.
Tem a duração de um mandato para pôr o plano (se é que tem mesmo algum) em marcha, porque nas próximas eleições, de novo com cheiro a autárquicas, não concorrerá sózinho.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Porque hoje é dia do pai


Porque não sei fazer melhor, repito o que escrevi há um ano atrás.

"Hoje é o dia do pai e eu quero mais uma vez lembrar-me daquilo em que acredito.
Eu acredito que todos os pais do mundo fazem o melhor que sabem.
O melhor que sabem pode não ser o suficiente.
O melhor que sabem pode não ser o adequado.
O melhor que sabem pode não ser o melhor que deveriam saber.
Mas se fazem o melhor que sabem, já fazem o que podem.
Porque os que não fazem o melhor que sabem, não têm o direito de ter quem lhes chame pai."

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um segredo bem guardado

Discreto, mas brilhante.
O blogue tal como o blogger.
Longa e frutuosa existência, deseja-se.

www.meababel.blogspot.com

(e teve direito ao primeiro post sem boneco no chacomporradas)

terça-feira, 16 de março de 2010

da escola inclusiva


As iniciativas inclusivas no seio da comunidade escolar, são uma das mais-valias dos actuais métodos de encarar a escola pela sociedade.
Tudo o que possa ser feito para criar homogeneidade no grupo, para ajudar os que têm mais dificuldades a acompanharem o ritmo imposto pelos programas, tudo isso produzirá, ou pretende-se que produza um melhor resultado final.
Iniciativas deste cariz serão sempre muito bem vistas por toda a comunidade e podem ser encaradas como um sinal de modernidade.
É isto a escola inclusiva, a escola do futuro, a escola da igualdade de oportunidades.
Infelizmente, à custa de puxar pelos menos rápidos, o nível de exigência tem nivelado por baixo. E logo agora que o futuro nos exige um esforço acrescido. E logo agora que se volta a falar de pessoas que façam a diferença, de elites (por muito que a palavra possa ferir algumas susceptibilidades).
Qual seria a opinião dos grandes defensores do actual modelo de escola inclusiva, se algum estabelecimento de ensino criasse aulas de apoio, não para os mais lentos que a maioria, mas para os mais rápidos que, envergonhados pelo sistema, se vêem hoje obrigados a esconder as suas potencialidades.
É utopia pensar que todos podem ser bons, mas é estupidez pensar que todos devem ser mediocres.
Penso que este deveria ser um tema de reflexão.

sexta-feira, 12 de março de 2010

da heresia


Constou-me que o episcopado se prepara para gastar meio milhão de euros na construção de um pulpito para ser utilizado pelo Papa na sua próxima visita a Portugal.
Um pulpito que, alegadamente, não terá qualquer espécie de préstimo no futuro.
Se o episcopado escolhesse dez IPSS nacionais, ou vinte, ou cinquenta e distribuisse esse dinheiro e se fizesse saber isso ao Papa, tenho a certeza que Sua Santidade oraria em Portugal com muito mais convicção.

Contraluz



Para uma melhor visualização, é conveniente clicar até abrir a janela no Youtube. O video está em HD e aqui só aparece metade da imagem.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vida

"Alguns amigos de 40 anos discutiam para escolher o restaurante onde
iriam jantar.
Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical, porque as empregadas
usavam mini-saias e blusas muito decotadas.
Dez anos mais tarde, aos 50 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma
vez discutiram para escolher o restaurante.
Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque a comida era muito boa e
havia uma ótima selecção de vinhos.
Dez anos mais tarde, aos 60 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma
vez discutiram para escolher o restaurante.
Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque ali podiam
comer em paz e sossego e havia sala de fumadores.
Dez anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma
vez discutiram para escolher o restaurante.
Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque lá havia uma rampa para
cadeiras de rodas e até um pequeno elevador.
Dez anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma
vez discutiram para escolher o restaurante.
Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical.
Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca tinham ido lá."

Recebido por mail

segunda-feira, 8 de março de 2010

Uma história no feminino



Nos Estados Unidos era comum na primeira metade do século passado aquecerem-se os salões de baile mais, digamos, modestos, com combustível a arder dentro de latas.
Conta-se que num desses bailes e nos finais dos anos quarenta se iniciou uma zaragata entre dois homens. A contenda acabou por derramar umas dessas latas de querosene a arder. A sala ardeu toda, tendo o incêndio provocado dois mortos.
Durante a debandada geral, um dos músicos que estavam a actuar, um guitarrista ainda pouco conhecido de nome Riley Ben King, resolveu defrontar as chamas e voltar para trás para salvar a sua Gibson, uma guitarra acústica que lhe tinha custado uma fortuna.
Arriscou a vida, mas salvou a guitarra.
Quando lhe disseram que a zaragata tinha começado por causa de uma mulher, resolveu baptizar a guitarra com o nome dela.
B B King nunca conheceu a senhora, mas daí para a frente todas as suas guitarras se chamam Lucille.

sábado, 6 de março de 2010

Muito à frente

Um ilustre Deputado Municipal, pessoa por quem nutro o maior dos respeitos e com quem tive sempre a mais cordial das relações, disse um dia em sessão da Assembleia Municipal que duvidava da sanidade mental de quem escolhia a localização das lombas/passadeiras espalhadas pelo nosso concelho.
Apesar de meu colega de bancada, desde logo considerei um pouco exagerado o comentário.
Hoje tirei esta fotografia e só continuo a achar o comentário exagerado porque acredito piamente que o que ali está é mais do que aquilo que se vê.
Se o Harry Potter consegue atravessar a parede da estação ferroviária e se a CIA tem operacionais psíquicos que acham que um dia será possível atravessarmos paredes apenas com a nossa concentração, quem sou eu para duvidar da possibilidade de um dia podermos trespassar um muro em Sernadelo?

Dexter season 5


Já só faltam seis meses.

das prioridades


"Olha, Pedro. Estou divorciado à dois anos e nem imaginas como a minha carreira se desenvolveu depois disso. Se soubesse o que sei hoje, nunca me teria casado."
A frase é verdadeira, não está fora de contexto nem permite leituras duvidosas.
Tão pouco foi proferida com ressabiamento.
Foi dita com a certeza de quem pesa cada palavra e se sente confortável com isso.
A vida é realmente composta por prioridades com as quais jogamos enquanto crescemos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Congresso


Portel recebe este fim de semana o 4º Congresso das Açordas.
Iguaria superior da gastronomia alentejana, imaginativa e merecedora de respeitosa adulação, de nada menos que "Congresso" se poderia apelidar este evento.
A açorda alentejana será provavelmente um dos pratos mais inteligentes da história da alimentação humana.
Pois congresso seja.
Ao som do "cante".
E bem regado, suponho.
Que mais se há-de querer da vida?

da BRISA


Jerónimo Cassus segue pela A1 descansadinho ao volante do seu automóvel.
Homem de velocidades moderadas, Cassus aprecia a viagem ao som da Rádio Renascença.
-Interrompemos a emissão para uma notícia de última hora: a Brisa acaba de encerrar a auto estrada nº1 no troço entre a Mealhada e Aveiro-Sul, devido à presença de um automobilista que terá já percorrido cerca de quinze quilómetros em contra-mão.
-Um automobilista em contra-mão? -reflecte Jerónimo Cassus- Só um? Nos últimos dez minutos já contei mais de cinquenta!