
Eu próprio, que me considero um fumador não compulsivo mas prazeroso (excelente palavra que os brasileiros inventaram) já senti alguns olhares reprovadores em ocasiões em que me apresento em plena rua a exercer o meu direito ao livre arbítrio de poder escolher os venenos que legalmente introduzo no meu organismo.
Então quando me aproximo de alguma montra com o charuto na boca, logo os empregados correm a buscar o alho e o crucifixo. Nem a crise lhes demove a intenção.
Felizmente que, mercê de leis deste calibre, iremos todos viver até aos duzentos anos. Tudo na pândega, a jogar ao burro em pé e a ver as novelas da TVI.
Se esta maralha não tomasse hoje conta de nós, o mundo amanhã estaria um caos.
Ou será que é ao contrário?
Não fumo.
ResponderEliminarTambém não me considero uma fundamentalista anti-tabaco.
Mas é insdicutivel.... para mim a lei do tabaco só teve vantagens!
Ora vejamos... antes da lei a opção era não haver opção! Se em alguns sítios, arejados e airosos, esse facto seria perfeitamente irrelevante noutros tornava-se verdadeira tortura!
Duas situações em particular me faziam ficar com os cabelos em pé:
1. Estar a comer num restaurante e os vizinhos do lado atirarem-nos para cima com o fumo do seu vicio
2. Num jantar de grupo alguém perguntar, mesmo sem todos terem acabado de comer e regra geral já com o cigarrinho na mão, "Posso fumar?"
Em qualquer dessas situações um "Importa-se de desviar o fumo do seu cigarro" ou "Sim, por acaso importo-me" sempre me fez alvo dos tais olhares que agora são reservados aos fumadores!!!
Ora... parece que tenho agora a minha vingança! :)
Como dizia o outro senhor "Habituem-se!"
Eu refiro-me a fumar ao ar livre e ao efeito que as leis fascistas têm sobre a nossa vida. Porque mesmo onde é permitido fumar, as pessoas já são olhadas de lado.
ResponderEliminarDe qualquer modo a lei tem um pequeníssimo pormenor que faz toda a diferença: quem escolhe deixar fumar no seu espaço tem que fazer obras. Não devia ser assim. Os donos dos espaços particulares onde a lei pode ser aplicada deviam poder escolher sem serem sancionados ao optar por uma das soluções. Afinal o risco do negócio é deles. O estado devia ser regulador e não educador das actividades económicas.
Pois é... em teoria funciona!
ResponderEliminarMas como os fumadores sempre se sujeitaram a estar em sítios onde se fumava - por falta de escolha e hábito de sempre - acredito que não haveria café que escapasse, todos passaria a ser "fumadores".
E não é justo, pois não? Afinal, de acordo com as estatisticas (não é o primeiro-ministro que se pode socorrer dos números!) só 30% da população portuguesa é constituida por fumadores!
Quanto ao fumo ao ar livre estejam à vontade! Não vos faz bem à saude mas vocês lá sabem!
Se foram a minha casa o destino é certo: faça chuva ou faça sol fumar só na varanda!
PS - em Janeiro/Fevereiro de 2000 trabalhei na Suiça. Um verdadeiro "frio de rachar" que no escritório não se sentia porque nos países de 1º Mundo o frio, onde quer que se entre, fica "lá fora".
O meu olhar para os fumadores sempre foi com um sorriso..."g'andas malucos estes gajos a fumar à porta sempre que o vício aperta"
Pelo menos... em Portugal não neva!
:)