quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

dos pecadilhos


A História tem o condão de filtrar personalidades. Afigura-se pacífica a ideia de que mesmo as grandes personalidades que contribuiram para a edificação do nosso mundo, terão algures na sua história pequenos nadas, às vezes pequenos muitos, dos quais dificilmente se orgulhariam.
A característica predominante, boa ou má, sobrepõe-se a tudo o resto e seria sensato deixar perdurar essa imagem. Ressalvam-se apenas os grandes segredos que, descobertos, poderão pôr em causa de forma permanente e incisiva, a imagem deixada para a posteridade.
O que interessa hoje que Fernando Pessoa tenha escrito grande parte da sua obra sob o efeito de bagaços e traçadinhos, às vezes ópio?
Que trará de novo o facto de que Sir Winston Churchill era racista, xenófobo e anti-semita?
Será importante saber que François Miterrand era afinal um devasso?
E qual a importância de se saber que Arthur C. Clarke, o pai do satélite de comunicações e autor do brilhante 2010 Odisseia no Espaço tinha uma certa inclinação para rapazinhos?
No entanto, há quem se dedique a procurar o lado mais ou menos sombrio dos grandes da História.
A última vítima terá sido Lord Baden-Powell, o fundador do escutismo que, a crer num estudo efectuado por alguém com muito tempo livre entre mãos, terá tido em tempos uma conduta pouco condizente com os princípios do escutismo.
Conclui o famoso estudo que durante o seu tempo de militar no activo, Baden-Powell terá atropelado não um, mas dois princípios. Alegadamente, mentiu a um prisioneiro e cometeu a má acção de o entregar às autoridades que acabaram por executar o infeliz.
Ficámos todos mais ricos ao saber isto...

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