quarta-feira, 24 de março de 2010

o eterno retorno


Embora odiasse de morte o conde de Barcelona, Francisco Franco proporcionou ao filho (Juan Carlos) a possibilidade de almejar a reconquista da Espanha para a causa monárquica. Pretendia o generalíssimo coroar um monarca frouxo e acessível aos caprichos do Status Quo para assim poder morrer em paz.
Juan Carlos aparecia titubeante, aparentando fragilidades várias, uma evolução na continuidade.
Mal Franco desceu aos infernos, o monarca desabrochou, assumiu o seu país, virou a Espanha para os trilhos de democracia e empurrou o país para o futuro.
Tudo isto apesar de não ter sido formatado para tal, ao arrepio do que quem o promoveu queria.
Às vezes as coisas acontecem porque têm que acontecer. Por muito que se premedite em sentido contrário, por muito que se planeie o oposto.
É por isso que eu continuo a achar que uma pessoa pode fazer a diferença. E pode fazê-la independentemente das alianças que conjunturalmente se forçou a manter, independentemente de alguns passos atrás para construir passos em frente, independentemente de julgamentos de carácter de que possa ter sido alvo.
As circunstâncias podem ditar as posições e não é à toa que se costuma dizer que os perfumes melhores costumam vir nos frascos mais discretos.
Lembrei-me de tudo isto por causa das eleições no PSD da Mealhada.
Não voto, não sou militante, tão pouco tenho uma especial preferência por este ou aquele putativo candidato a líder. Mas posso exigir, enquanto cidadão, que exista uma alternativa credível ao poder. Coisa que está longe de acontecer no momento presente.
Uma oposição de confiança obriga o poder a estar alerta, concorre para que o exercício dos mandatos seja mais rigoroso e dá aos eleitores a possibilidade de fazerem as suas escolhas por comparação de projectos. Só assim se vive em democracia.
António Miguel Ferreira tem um mandato para demonstrar ao que vem. Jamais conseguirá esconder quem o empurrou, mas pode a qualquer momento começar a andar pelo seu pé. Não estou com isto a dizer que ele o irá fazer ou que o saiba fazer ou que tenha sequer coragem para o fazer. Tão pouco tenho comigo informação que me permita dizer se tem competência ou arrojo para o fazer.
Sei apenas que gosto de ser surpreendido, aliás, usei esta mesma expressão acerca de Miguel Felgueiras.
E sei o que no passado disse a quem comigo comentou o percurso, algo sinuoso, de António Miguel Ferreira. E disse-o a mais que uma pessoa: o Tó Miguel, concorde-se ou não com a opção, tem um caminho próprio. Tem um plano.
Tem a duração de um mandato para pôr o plano (se é que tem mesmo algum) em marcha, porque nas próximas eleições, de novo com cheiro a autárquicas, não concorrerá sózinho.

12 comentários:

  1. Já os viste.
    E não gostaste. São do tipo melão, os teus preferidos?

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  2. Caro Pedro:
    Temos então aqui um monarca frouxo.
    Só não percebo quais são os caprichos do Status Quo, nem sequer onde está o Status Quo.

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  3. Às vezes as coisas acontecem porque têm que acontecer, escreves tu, Pedro.
    Não, desculpa, estás profundamento errado.
    As coisas nunca são assim.
    O acaso não existe.
    Nada acontece por acaso.
    HÁ SEMPRE UMA CAUSA (mesmo que escondida, ou desconhecida, ou incompreendida)

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  4. O ultimo parágrafo é que toca na ferida. Está tudo quieto agora, mas quando se aproximarem as eleições aparecem todos. O Cesar, o Peres, o Pinheiro, o Carlitos, o Gonçalo.

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  5. Todos.
    Todos, como cães a bofes. Galfarros enraivecidos.
    É a sina.
    (Só não se percebe é o porquê de tanta raiva. Será genético, como nos PitBul?)

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  6. O Breda não tem coragem, e manda o Joaozito Pires
    O Breda não tem coragem... já não tem os meninos.... e agora manda a mulher.
    Não há paciência.
    Francamente.
    Mais baixo é impossível.
    desculpem mas concordo - cães a bofes -

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  7. António Miguel fica-lhe mal falar da mulher do Breda. Você conhece e sabe bem que pensa pela própria cabeça. Haja decoro.

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  8. E a ti, anónimo das 15:31 fica-te muito pior pores-te a adivinhar, ultrajando uma pessoa.
    Ora prova lá que o AM é o autor do comentário anterior.
    Claro que não provas.
    Por isso és tu quem não tem decoro.
    Será que na pobre Mealhada se nívela cada vez mais por baixo?
    Não têm nível nem tu, nem o anónimo das 01:24!

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  9. E a ti, anónimo das 15:31 fica-te muito pior pores-te a adivinhar, ultrajando uma pessoa.
    Ora prova lá que o AM é o autor do comentário anterior.
    Claro que não provas.
    Por isso és tu quem não tem decoro.
    Será que na pobre Mealhada se nívela cada vez mais por baixo?
    Não têm nível nem tu, nem o anónimo das 01:24!

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  10. Não se podem queixar, nem uns nem outros, têm sujeitado a comunidade PSD Mealhada à VERGONHA.

    Optaram por seguir numa triste cruzada de ódios pessoais, na constante cobardia de se agredirem mutuamente com recurso a intervenções porcas e anónimas nos blogues.

    Atitudes inqualificáveis.

    Nunca se viu coisa assim em parte alguma e a todo custo tentam enxovalhar tudo e todos que os rodeiam.

    È lamentável. Imoral.

    Pouco importa, “quem” frustrou as expectativas, que começaram por ser elevadas…, ressalva realçar que tem sido manifesta inabilidade política, ou terá sido por “manifesta HABILIDADE POLÍTICA” por parte das lombrigas que insistimos em manter no nosso meio.

    Não vai surgir nenhum D. Sebastião e muito menos um pacificador, ninguém fora destas guerrilhas deve passar e assobiar para o lado, a única atitude a seguir será, de consolidar a ideologia que os trouxe até aqui.

    É necessário acordar para a realidade do concelho, a cada mandato que falhamos, o concelho retrocede no tempo.

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