Chama-se Morning Glory.
Chega.
Nem me dei ao trabalho de saber o nome em português. Tem a Diane Keaton que conseguiu a extraordinária proeza de envelhecer até aos, digamos, cinquenta e cinco anos e congelar-se por lá. Há mais de dez anos que a Diane Keaton não envelhece. Deve ser o Ioga ou o Reiki ou qualquer outra porcaria obscura que trouxe da India ou do Bangladesh.
Está um mimo.
Um mimo ao natural, assinale-se.
Chama-se Morning Glory, acho que já o disse e é um filme banal. Uma xaropada bem disposta igual a quarenta ou cinquenta que Hollywood fabrica por ano, com a história velha como o mundo do parzito que acaba por se entender, do universo que gira à volta do parzito. Já disse que o parzito acaba por se entender?
Já?
Bem me parecia!
Às vezes demora e tem pelo meio um chefe ou um patrão ou um colega mais sacana. Não raro uma trama qualquer com malentendidos, invejas (ou não), contratempos vários e desencontros ou azares ou maldade mesmo.
Depois há o Harrison Ford.
E aí tudo muda.
Não torna o filme melhor, não senhor.
Não é denso, não é épico, não é aventureiro. É um velho sacana, mal disposto, rabugento, ressabiado e sarcástico.
Mas é um Senhor.
Harrison Ford é um Senhor e é um privilégio absorvê-lo.
Não melhora o filme: voa sobre o filme.
Marlon Brando fez isso no Padrinho, apenas com a enorme diferença de que aí estávamos perante um grande filme.
Este Morning Glory é apenas uma soap opera com um episódio.
E depois há o Harrison Ford que em dez minutos de génio natural consegue obrigar a ver o resto filme.
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