quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

da obra

(Muito provavelmente a imagem mais antiga da Mealhada)

A revista Sábado escreveu um artigo sobre as Câmaras Municipais "esquisitas", que também as temos no nosso país.
Entende-se por "esquisita" qualquer instituição pública que, ainda antes dos constrangimentos impostos pela conjuntura, já se dava ao desfrute de fazer contas.
Há de tudo: câmaras que pagam a tempo e horas (??), municípios onde os veículos afectos à presidência têm mais de cinco anos (!!) e em casos extremos são até partilhados por presidente e vereadores, autarquias que já faziam uma gestão contida dos consumos de electricidade ainda antes da chegada dos idiotas da troika...
Em duas páginas de notícia  truncada por uma foto de dimensões generosas e várias chamadas de texto, descobrimos que felizmente os casos retratados estão muito longe ser a imagem do país real. Está pois salvaguardada a hegemonia nacional: a maioria mantem-se do lado dos outros, dos que fazem obra podendo ou não fazê-la, dos que gastam por conta do futuro pois se é para os vindouros que se faz a obra, é normal que sejam os vindouros a pagá-la.
Mais uma vez ficamos mal na fotografia: aparentemente a Câmara Municipal da Mealhada paga aos fornecedores em média a dez dias da factura.
Que desperdício...

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