terça-feira, 11 de junho de 2024

do que de mais importante connosco carregamos

 


A vida pôs finalmente um termo à vida de Françoise Hardy.
A cantora sofria de um cancro na laringe e era uma defensora do suicídio medicamente assistido.
Sofreu até ao fim.
Ninguém merece sofrer quando pretende usar uma alternativa.
Cada ser é dono do seu corpo e deve poder, desde que em posse das suas faculdades, fazer dele o que quiser.
A capacidade de decidir se queremos viver ou morrer ultrapassa a ciência e os dogmas porque é das coisas mais íntimas que carregamos na nossa existência. Mais nenhum animal tem a capacidade de desafiar o instinto de sobrevivência. É uma dádiva da nossa condição.
Decidir se queremos viver ou morrer é um acto individual e, havendo possibilidade de se terminar a vida de forma digna e sem sofrimento desnecessário, não é brincar aos Deuses fazer esse caminho. Brincar aos Deuses é legislar contra o livre-arbítrio em matérias em que não há dano infligido a terceiros.
Vai em paz, Françoise.

"Mes jours comme mes nuits sont en tous points pareils
Sans joies et pleins d'ennuis, oh
Quand donc pour moi brillera le soleil?"

Sem comentários:

Enviar um comentário