O poeta não é um domador de palavras, antes um encantador de conceitos, um criador de inconstâncias, um construtor de emoções. O poeta é um espírito desajustado à linha do pensamento, uma pedra que sobe a encosta quando o normal seria descê-la. O poeta é uma linha paralela ao pôr do sol, uma construção sem base fixa, um modelo para o obscuro, uma penumbra para proteger a vida dos choques da realidade inventada pela verdade. O poeta é um doce quando se clama pelo amargo, uma réstea de sol que faz a sombra, a dúvida razoável que nos consome. Sem poetas, o mundo já teria sucumbido.
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