Pedro dou-lhe o descanso do dia de hoje, uma vez que também tem direito ao lazer, mas amanhã exijo a continuidade do blogue :). Embora já o tenha elogiado anónimamente, deixe-me dizer-lhe que nos faz falta um blogue de alguém da Mealhada, que não insulta, que não chateia, apenas nos diverte e delicia com o seu bom humor e refinadissímo gosto.
Para todos o que pensam que o Miguel Felgueiras foi trabalhar para a Câmara de Felgueiras por ser da familia da Fátima Felgueiras ficam a saber que é uma coincidência.
A explicação está na tradição de Felgueiras. Contratar todos os que tiverem o nome de Felgueiras para a Câmara.
No contexto europeu do negócio das águas, a água do Luso tem uma pequena dimensão e ocupa um lugar insignificante no ranking das ofertas correspondendo a um mini circuito de distribuição em termos de continente, praticamente inexistente. Isto, que equivale ao nosso pequeno tamanho como país e á nossa fraca capacidade como penetradores de mercados, não deixa de ser um negócio aliciante em termos de rendimento auferido e exportado para os detentores do bem, tanto ou tão pouco que as sucessivas mãos por onde tem passado o tem mantido e desenvolvido, explorando e exportando os lucros duma riqueza que, como sabemos, lhes caiu nas mãos mais ou menos por engano, distracção ou desconhecimento. Como consequência o negócio das águas que começou pelo negócio das termas acabou por ser desvirtuado e o negócio original acabou por ser esmagado pelo segundo e pelo apoderar das matérias-primas e dos meios de produção por parte do capital. Em tempos antigos, apenas cobiçados e distribuídos pela especulação nacional, hoje, á mercê dos grandes grupos continentais e mundiais que se apoderam da riqueza esteja lá onde estiver através dum capital especulativo que não tem rosto nem grei.
É assim que se assiste á simples gestão de expectativas continuamente geradoras de mais valias que são de imediato e sucessivamente aproveitadas para realizar capital num frenético ciclo do mão em mão.
É assim que uma riqueza nacional, a água, que poderia ser um motor de desenvolvimento dum pobre lugar e dum pobre município contribuindo para o bem estar e melhoria das condições de vida dos seus naturais, acaba por ser um veículo de enriquecimento de uns poucos travestidos, mercenários sem rosto nem identificação.
Para além da atávica incapacidade política caseira de colocar o património ou os bens nacionais ao serviço das pessoas está a postura de subserviência tradicional, conivente ou não e a pequenez do nosso território ao qual se alia, talvez como em nenhum outro lugar da Europa, a pequenez da nossa mentalidade.
O resto, é a estranha realidade do mundo de hoje, o domínio do mais forte, do menos escrupuloso ou do mais esperto, um ciclo de irracionalidade ou mesmo da bestialidade que atravessa o globo, onde o absurdo e a negação de valores essenciais da humanidade são pisados, esquecidos e substituídos pelo egoísmo duma cultura individual dirigida pelo engodo, pela cegueira, pela mentira, pela apropriação indevida das riquezas e pela imposição do low cost como resposta a uma nova massificação do homem. Uma regressão ética e moral na civilização do mundo ocidental e uma Europa burocrata e incapaz a desafiar o impossível estão a provocar uma rotura e uma derrocada ao nivelar o mundo pelas suas piores referências deitando fora uma aprendizagem e um saber que séculos de luta e experiência custaram a adquirir e conduziram esse mesmo mundo ocidental a níveis de bem estar e de equitatividade nunca atingidos.
Estou a rabiscar estas linhas que hei-de mandar logo que possa ao jornal, em plena Praça Navona , em Roma , diante de três monumentais fontes de Bernini, no dia 2 de junho , feriado nacional , dia da implantação da republica italiana , o nosso cinco de outubro e depois de assistir ao tradicional desfile militar , desta vez com a inédita curiosidade de o norte do país se fazer representar por um embaixador, sinal dos tempos conturbados que aí temos e seguro na minha mão um grosso volume dum livro da livraria feltranelli cujo título é , mil locais do mundo que obrigatoriamente deve visitar na sua vida. E cá está, em três ou quatro páginas seguidas, o nosso Portugal que, ao contrário do que se possa pensar, também tem lugares eternos a visitar. Vou citá-los: o Museu Gulbenkian, em Lisboa, a vila de Óbidos, a cidade património da humanidade, Évora, a Pousada de Stª Isabel, em Estremoz, a Vila de Sintra e a Mata e Palace do Buçaco.
Não mais. São os nossos sete lugares entre mil em todo o mundo, que merecem figurar neste compêndio turístico de primeira qualidade. Podemos aceitar que este não é único critério, mas é, face aos mil recursos apresentados em todo o conjunto da obra, um critério de alta qualidade e que para nós, oriundos dum pequeno local dum pobre município , ainda mais pobre de gente que de bens patrimoniais , satisfaz plenamente pela justiça da escolha apresentada confirmando de algum modo aquilo que com insistência temos defendido.
A Mata Nacional do Buçaco, recurso turístico de primeira grandeza, a riqueza patrimonial água, motor de desenvolvimento duma área termal e não só e o recurso gastronómico de qualidade que é o leitão poderiam fazer do pobre município que somos, um município forte e rico, capaz de proporcionar aos seus residentes uma qualidade de vida e de bem estar invejável e auto-suficiente.
O património, por mais valioso que seja, não se auto transforma, se não existirem pessoas minimamente capazes de entender os fenómenos que se desenvolvem á sua volta. Essa massa critica para questões tão reais e pertinentes como estas, não existe e isso, paga no seu todo, o município. E paga bem!!!
Aposto que todos conhecem o refrão... aposto até que o assobiam!
Mas dúvido que muitos tenham prestado atenção à letra - até porque o inglês destes senhores, com uma pronuncia muito "british" nem sempre é fácil de entender sem uma ajudinha.
Por isso, permiti-me a contribuição de deixar aqui a letra - não de limitem a assobiar: "smile, dance and sing"!
Always Look on the Bright Side of Life (from Monty Python)
Some things in life are bad They can really make you mad Other things just make you swear and curse. When you're chewing on life's gristle Don't grumble, give a whistle And this'll help things turn out for the best...
And...always look on the bright side of life... Always look on the light side of life...
If life seems jolly rotten There's something you've forgotten And that's to laugh and smile and dance and sing. When you're feeling in the dumps Don't be silly chumps Just purse your lips and whistle - that's the thing.
And...always look on the bright side of life... Always look on the light side of life...
For life is quite absurd And death's the final word You must always face the curtain with a bow. Forget about your sin - give the audience a grin Enjoy it - it's your last chance anyhow.
So always look on the bright side of death Just before you draw your terminal breath
Life's a piece of shit When you look at it Life's a laugh and death's a joke, it's true. You'll see it's all a show Keep 'em laughing as you go Just remember that the last laugh is on you.
And always look on the bright side of life... Always look on the right side of life... (Come on guys, cheer up!) Always look on the bright side of life... Always look on the bright side of life... (Worse things happen at sea, you know.) Always look on the bright side of life... (I mean - what have you got to lose?) (You know, you come from nothing - you're going back to nothing. What have you lost? Nothing!) Always look on the right side of life...
Oh! Filipa, é escusado deitar pérolas a porcos. Até eu, que tenho uma licenciatura (das antigas) tenho dificuldade em traduzir, quanto mais estes broncos da Mealhada! Se discorresses acerca das videiras que vão crescendo na rotunda, com o parolo Baco a presidir, talvez encontrasses alguém capaz de te acompanhar...
Se o mundo todo se está a passar dos carretos, porque razão não há-de o blogue do Pedro Costa acompanhar a moda. Vamos lá passar-nos. Por falar nisso, não sei se a Filipa (Varela, não é Gaioso) já regressou de Amesterdão. Espero que não lhe tenham revistado a mala... LOL
Sexta-feira ida ao Alex. Logo Blog parado.
ResponderEliminarSP
Pedro dou-lhe o descanso do dia de hoje, uma vez que também tem direito ao lazer, mas amanhã exijo a continuidade do blogue :).
ResponderEliminarEmbora já o tenha elogiado anónimamente, deixe-me dizer-lhe que nos faz falta um blogue de alguém da Mealhada, que não insulta, que não chateia, apenas nos diverte e delicia com o seu bom humor e refinadissímo gosto.
Bem Haja
Um Abraço
antes que alguém corrija: o assento agudo é no segundo "i". foi lapso :)
ResponderEliminarAnda tudo a passar a mão no lombo do Pedro Costa. Será que vai ser ele o candidato do PSD?
ResponderEliminarEu Boto!
Aceitam-se donativos
ResponderEliminarPara todos o que pensam que o Miguel Felgueiras foi trabalhar para a Câmara de Felgueiras por ser da familia da Fátima Felgueiras ficam a saber que é uma coincidência.
ResponderEliminarA explicação está na tradição de Felgueiras. Contratar todos os que tiverem o nome de Felgueiras para a Câmara.
Invejosos
No contexto europeu do negócio das águas, a água do Luso tem uma pequena dimensão e ocupa um lugar insignificante no ranking das ofertas correspondendo a um mini circuito de distribuição em termos de continente, praticamente inexistente. Isto, que equivale ao nosso pequeno tamanho como país e á nossa fraca capacidade como penetradores de mercados, não deixa de ser um negócio aliciante em termos de rendimento auferido e exportado para os detentores do bem, tanto ou tão pouco que as sucessivas mãos por onde tem passado o tem mantido e desenvolvido, explorando e exportando os lucros duma riqueza que, como sabemos, lhes caiu nas mãos mais ou menos por engano, distracção ou desconhecimento. Como consequência o negócio das águas que começou pelo negócio das termas acabou por ser desvirtuado e o negócio original acabou por ser esmagado pelo segundo e pelo apoderar das matérias-primas e dos meios de produção por parte do capital. Em tempos antigos, apenas cobiçados e distribuídos pela especulação nacional, hoje, á mercê dos grandes grupos continentais e mundiais que se apoderam da riqueza esteja lá onde estiver através dum capital especulativo que não tem rosto nem grei.
ResponderEliminarÉ assim que se assiste á simples gestão de expectativas continuamente geradoras de mais valias que são de imediato e sucessivamente aproveitadas para realizar capital num frenético ciclo do mão em mão.
É assim que uma riqueza nacional, a água, que poderia ser um motor de desenvolvimento dum pobre lugar e dum pobre município contribuindo para o bem estar e melhoria das condições de vida dos seus naturais, acaba por ser um veículo de enriquecimento de uns poucos travestidos, mercenários sem rosto nem identificação.
Para além da atávica incapacidade política caseira de colocar o património ou os bens nacionais ao serviço das pessoas está a postura de subserviência tradicional, conivente ou não e a pequenez do nosso território ao qual se alia, talvez como em nenhum outro lugar da Europa, a pequenez da nossa mentalidade.
O resto, é a estranha realidade do mundo de hoje, o domínio do mais forte, do menos escrupuloso ou do mais esperto, um ciclo de irracionalidade ou mesmo da bestialidade que atravessa o globo, onde o absurdo e a negação de valores essenciais da humanidade são pisados, esquecidos e substituídos pelo egoísmo duma cultura individual dirigida pelo engodo, pela cegueira, pela mentira, pela apropriação indevida das riquezas e pela imposição do low cost como resposta a uma nova massificação do homem. Uma regressão ética e moral na civilização do mundo ocidental e uma Europa burocrata e incapaz a desafiar o impossível estão a provocar uma rotura e uma derrocada ao nivelar o mundo pelas suas piores referências deitando fora uma aprendizagem e um saber que séculos de luta e experiência custaram a adquirir e conduziram esse mesmo mundo ocidental a níveis de bem estar e de equitatividade nunca atingidos.
Estou a rabiscar estas linhas que hei-de mandar logo que possa ao jornal, em plena Praça Navona , em Roma , diante de três monumentais fontes de Bernini, no dia 2 de junho , feriado nacional , dia da implantação da republica italiana , o nosso cinco de outubro e depois de assistir ao tradicional desfile militar , desta vez com a inédita curiosidade de o norte do país se fazer representar por um embaixador, sinal dos tempos conturbados que aí temos e seguro na minha mão um grosso volume dum livro da livraria feltranelli cujo título é , mil locais do mundo que obrigatoriamente deve visitar na sua vida. E cá está, em três ou quatro páginas seguidas, o nosso Portugal que, ao contrário do que se possa pensar, também tem lugares eternos a visitar. Vou citá-los: o Museu Gulbenkian, em Lisboa, a vila de Óbidos, a cidade património da humanidade, Évora, a Pousada de Stª Isabel, em Estremoz, a Vila de Sintra e a Mata e Palace do Buçaco.
Não mais. São os nossos sete lugares entre mil em todo o mundo, que merecem figurar neste compêndio turístico de primeira qualidade. Podemos aceitar que este não é único critério, mas é, face aos mil recursos apresentados em todo o conjunto da obra, um critério de alta qualidade e que para nós, oriundos dum pequeno local dum pobre município , ainda mais pobre de gente que de bens patrimoniais , satisfaz plenamente pela justiça da escolha apresentada confirmando de algum modo aquilo que com insistência temos defendido.
A Mata Nacional do Buçaco, recurso turístico de primeira grandeza, a riqueza patrimonial água, motor de desenvolvimento duma área termal e não só e o recurso gastronómico de qualidade que é o leitão poderiam fazer do pobre município que somos, um município forte e rico, capaz de proporcionar aos seus residentes uma qualidade de vida e de bem estar invejável e auto-suficiente.
O património, por mais valioso que seja, não se auto transforma, se não existirem pessoas minimamente capazes de entender os fenómenos que se desenvolvem á sua volta. Essa massa critica para questões tão reais e pertinentes como estas, não existe e isso, paga no seu todo, o município. E paga bem!!!
Aposto que todos conhecem o refrão... aposto até que o assobiam!
ResponderEliminarMas dúvido que muitos tenham prestado atenção à letra - até porque o inglês destes senhores, com uma pronuncia muito "british" nem sempre é fácil de entender sem uma ajudinha.
Por isso, permiti-me a contribuição de deixar aqui a letra - não de limitem a assobiar: "smile, dance and sing"!
Always Look on the Bright Side of Life (from Monty Python)
Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...
And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...
If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.
And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...
For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.
So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath
Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.
And always look on the bright side of life...
Always look on the right side of life...
(Come on guys, cheer up!)
Always look on the bright side of life...
Always look on the bright side of life...
(Worse things happen at sea, you know.)
Always look on the bright side of life...
(I mean - what have you got to lose?)
(You know, you come from nothing - you're going back to nothing.
What have you lost? Nothing!)
Always look on the right side of life...
Oh! Filipa, é escusado deitar pérolas a porcos.
ResponderEliminarAté eu, que tenho uma licenciatura (das antigas) tenho dificuldade em traduzir, quanto mais estes broncos da Mealhada! Se discorresses acerca das videiras que vão crescendo na rotunda, com o parolo Baco a presidir, talvez encontrasses alguém capaz de te acompanhar...
Ainda por cima escreves logo a seguir ao maluquinho que discorre sobre o magno problema das águas do Luso...
ResponderEliminarSe não se tratasse do Blog do Pedro Costa, diria que está tudo a passar-se dos carretos.
ResponderEliminarSe o mundo todo se está a passar dos carretos, porque razão não há-de o blogue do Pedro Costa acompanhar a moda.
ResponderEliminarVamos lá passar-nos.
Por falar nisso, não sei se a Filipa (Varela, não é Gaioso) já regressou de Amesterdão. Espero que não lhe tenham revistado a mala...
LOL
LOL
ResponderEliminarJá cá estou! Sã e salva!
Tenho pena de vos desiludir mas na mala não vieram esses "presentes"...