segunda-feira, 1 de junho de 2009

Thoughts on... the sea

O meu colega "Thoughts on Mealhada", atento como habitualmente, chama hoje à blogosfera um assunto de capital importância: o mar.
A nossa orla costeira representa mais de metade da fronteira do país.
Um território recorrentemente votado ao abandono desde há umas dezenas de anos a esta parte e que merece uma profundíssima reflexão.

1.A costa portuguesa esteve durante os últimos 20 anos vigiada por 4 (sim quatro) radares que cumpriam a sua função dentro das possibilidades. Acontece que esses radares, exaustos após 20 anos de serviço, já deveriam ter sido substituídos - e têm sido: mas por homens com câmaras que apenas alcançam 4 km da costa. Aparentemente não há dinheiro para mais.
Quatro quilómetros que permitem ver as lanchas do tráfego de droga e do contrabando, mas que não dão tempo para as interceptar.

2.Portugal é o país da Europa com maior área económica exclusiva. O país que consome mais peixe per capita na UE mas, embora existam recursos e área disponível para os capturar, uma grande percentagem do pescado que consumimos é importado. Apenas porque destruimos a nossa frota pesqueira em troca de dinheiro da Europa. Mas a Espanha também recebeu dinheiro e mantém a frota.

3.Em face de tudo isto, o problema dos nadadores-salvadores chega a ser caricato. Todos nos lembramos do Cabo do Mar: aquele marinheiro que cobrava pelo uso do chapéu na praia. Se a marinha serviu durante anos para cobrar taxas, parece-me que facilmente cumpriria uma missão muito mais nobre: salvar vidas. Isso é que seria serviço público. Uma coisa tão importante como manter a integridade da população não pode ser deixada nas mãos, mesmo que voluntariosas, dos concessionários dos apoios de praia.

E que tal alguém já se ter lembrado de pôr a tropa a fazer vigilância contra incêndios.
E onde é que anda aquela ideia de adaptar os Pumas para o combate a incêndios?

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