terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fantástico Fado Nosso

7 comentários:

  1. Peço desculpa pela ignorancia mas quem é a rapariga a cantar? Que voz bonita!

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  2. BONITO! SIMPLESMENTE BONITO!...
    obrigado Pedro, pelo bom gosto!

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  3. Gostei também das cantigas de maldizer hoje na TV. Só faltou o João Braga para cantar o fado e o Manuel Alegre para mediar a situação infernal.
    Admira-me que o Louçã não tenha usado das muitas oportunidades que teve para desfazer Sócrates. Embora tivesse sido vagamente mencionado, não percebo porque é que Louçã não tornou bem claro que uma educação e uma saúde gratuitas eliminariam a necessidade de fazer deduções fiscais para as despesas nessas áreas. Nem percebo porque é que, ao ser confrontado com a dicotomia "esquerda moderada - esquerda radical", Louçã não disse que não havia uma esquerda moderada e uma esquerda radical, mas apenas uma esquerda e uma não-esquerda, em que o PS pertence à primeira ( tem muitos apoiantes que são esquerdistas). Também podia ter tornado mais claro que uma das principais justificações da nacionalização da banca é a redução do custo dos serviços bancários para as empresas e para os particulares, pela eliminação do lucro da banca.

    Em suma, Louçã não é lá muito bom a debater.

    Vitória para o José Sócrates. Espero pelo debate na RCP entre o Carvalheira e o Cabral. Vou-me fartar de rir com o chá da meia-noite e as torradas do pequeno-almoço com que o Cabral vai presentear o César. As porradas são para o Breda Marques que tem andado a fazer o funeral à Companhia das Índias.

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  4. A mim que sou do PS parece-me que foi o pior debate do Socrates, aliás como se esperava. Penso que foi uma vitória clara do Dr Francisco Louçã e o facto de o primeiro ministro a certo ponto nem ouvir o que lhe perguntavam para fazer populismo barato o prejudicam. Para já a inclinação do voto ainda é para o PS mas se o Socrates fizer outro debate em que foge às questões para propagandear já não sei, não...

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  5. Já agora, quando é o debate na RCP?

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  6. Invocando o próprio programa eleitoral do BE, José Sócrates conseguiu colocar Francisco Louçã à defesa. Em causa, uma proposta para se acabar com as deduções fiscais.

    Francisco Louçã tinha vários "casos" na manga. José Sócrates só tinha um. Mas o que tinha era de peso e o líder do Bloco de Esquerda teve dificuldades em explicar-se. Os líderes do PS e do Bloco de Esquerda confrontaram-se ontem na RTP1, com moderação de Judite Sousa. Louçã passou grande parte do frente- -a-frente de ontem à defesa e isso ainda não lhe tinha acontecido.

    O "caso" que Sócrates levou ao debate foi o programa eleitoral do Bloco de Esquerda. Segundo disse, este propõe não só a eliminação dos benefícios fiscais para os PPR (Planos de Poupança-Reforma) como também a eliminação de todas as deduções fiscais sobre gastos na educação ou na saúde. "Isto conduziria a um aumento brutal da carga fiscal sobre a classe média", disse o líder socialista. "Isto não é [Américo] Amorim nenhum, é a classe média!", acrescentou, dizendo que as medidas bloquistas obrigariam a mais mil milhões de euros em impostos.

    Louçã, aparentemente, não esperava que o secretário-geral do PS tivesse lido o programa do Bloco tão em pormenor. Argumentou que os PPR já não dão rendimento nenhum porque "a bolsa caiu 80%". E acrescentou, quanto às deduções fiscais, que o programa do BE também propõe um Serviço Nacional de Saúde inteiramente gratuito ("as taxas moderadoras são um ataque aos pobres") e ainda, na educação, que os manuais escolares sejam oferecidos. Dito de outra forma: segundo o líder do BE, não haverá lugar a deduções fiscais porque os contribuintes deixarão de ter despesas na educação e na saúde.

    Mas Sócrates voltou à carga pelos menos mais duas vezes. Acusou Louçã de "radicalismo" e denunciou-lhe uma "recaída ideológica". "Sei que no movimento revolucionário a classe média sempre foi vista como uma classe que estava a mais, entre as vanguardas da classe operária e a burguesia."

    Nesta altura, Louçã esteve quase a perder a cabeça - aconteceu-lhe uma vez num debate difícil com Paulo Portas em 2005 - e recordou implicitamente ao líder socialista o seu passado de ex-militante da JSD. "Sempre pertenci à família do socialismo democrático", respondeu Sócrates.

    O debate começou com Louçã dizendo que "o PS e o PSD não são iguais" - e recordando aqui a unidade da esquerda na luta pela despenalização do aborto. Mas logo a seguir tirou um "caso" da manga dizendo que "a Mota-Engil de Jorge Coelho" tinha ganho um concurso para uma auto-estrada (Coimbra-Oliveira de Azeméis) por 535 milhões de euros, aumentando logo a seguir o custo para 1174. "Está equivocado", repetiu Sócrates inúmeras vezes, dizendo que não há adjudicação. Jorge Coelho "voltou" ao debate pela voz de Louçã por causa do negócio do terminal de Alcântara e aqui Sócrates invocou o "interesse nacional".

    E o nosso Carvalheira vai ter de explicar os interesses da Companhia das Índias, assim como o Peres que tem de ganhar as causas que tem em tribunal. Esperemos pelo debate e vai provar-se que o Peres é um cigano.

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