quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

da tradição

(o belo do folhado de Chaves, crocante e delirante)

Hoje o café foi à borla na nova coqueluche do Largo das Ameias.
Inaugurou-se a Estação Doce.
Se eu em vez de Largo das Ameias, escrever Largo da Estação de Coimbra ("A" para os turistas) e se em vez de Estação Doce, escrever Pastelaria Império, a frase faz logo outro sentido.
Era eu miúdo, fui (vim) com o meu pai visitar a nova Império que acabara de abrir. Um mimo, um luxo. Candeeiros modernos, cromados, pingavam sobre o balcão. Havia luzes embutidas no tecto. As paredes estavam revestidas à cor da sumptuosidade, grená. Até os azulejos da casa de banho pareciam caros: tinham relevo. E cheirava bem na casa de banho, coisa pouco comum nos cafés dos anos setenta.
Maravilhei-me.
Curiosamente, não tenho grande memória desse tempo dos bolos desta Império. Nada que se pareça com a memória que tenho da Império da rua da Sofia, mas a isso voltarei mais próximo do Natal.
Guardei para sempre esta imagem de sumptuosidade, de luxo, de coisa chique.
Quis o destino que viesse aterrar há quase dezasseis anos praticamente ao lado da Império da estação. Era já por essa altura (1994) uma matrona descaída, flácida, que ainda tentava brilhar por entre as novas ofertas da concorrência, das boutiques de pão, dos pastéis industriais, das montras enormes cheias de bolos de aspecto diferente mas sabor igual.
Comecei de imediato a frequentar a Império. A Império que mantinha uma fabricação de pastelaria acima de qualquer suspeita (excepto nas questões da higiene onde teve alguns tropeções), pasteis artesanais, com cremes daqueles que se estragam se não forem consumidos com celeridade.
Sem correr o risco de errar, posso afiançar que dos fornos da Império sai o melhor Bolo Rei do universo, os melhores barquinhos de chantilly com ananás do mundo, os melhores folhados de Chaves de Portugal e as melhores almofadinhas de Coimbra. Isto para não ser exaustivo.
E os queques? Massudos, duros, daqueles que empastelam na boca e pedem uma competentíssima meia de leite para enxaguar o palato.
Específicamente na Império da estação comiam-se ainda umas belíssimas torradas com manteiga a sério. Comi lá muitas nestes quase dezasseis anos.
Infelizmente a degradação continuou e ultimamente já era com pena que eu por lá aterrava. Alterações profundas ao nível da administração da empresa, um atendimento que piorava a cada dia que passava ou consoante a disposição das senhoras que lá trabalhavam e uma última machadada desferida pela ASAE, começaram a ditar aquilo que já se adivinhava. Por ironia, comprovou-se há poucos dias em tribunal que os pelos de rato que a ASAE encontrou na farinha, eram afinal pelos sintéticos de vassoura.
Da tal Estação Doce não sei nada, apenas que hoje ofereceu café aos clientes.
Contaram-me!

13 comentários:

  1. Pedro, foi "assalto" que se disse, não ataque. Deve ser da idade, já andam a ouvir mal.
    Acho que o que se quis dizer foi....interpretação minha. Os meninos da mealhada e pouco mais, têm muitas cenas fixes, blogues e tal... mas normalmente estão na prateleira... à espera do deslize e do "amigo".
    de 4 em 4 anos, mais coisa menos coisa, todos que passam pela comissão política deixam de interessar.... nada do que foi entretanto feito será de aproveitar. Os que estão na prateleira é que sabem... souberam auto-excluir-se para agora resurgirem.
    Isto para dizer que... se fôr de "assalto"... e se quem está não interessa... então venham lá esses ossos... e espero que ganhes, depois faço exactamente o mesmo!!! Daqui a algum tempo, vou ao plenário, encho e peito de ar e ....???
    Pedro deixa-te disso, não lhe dês asas, esta palhaçada é só para aparecerem novamente no MM,
    vem aí a grande entrevista... mas não vi o teu nome nessa lista

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  2. O Breda estava em Lisboa, eheheh pois, e só por isso "faltou" à reunião de militantes.

    Depois de andar por aí na brincadeira, desde fazer-se amigo do "calhau", dos rapazes e rapariguitas do ps (ai meninas este é cá um engatas) e aquele giro pelos locais de voto no dia das eleições, quando já não havia memória de o ver por lá.

    Quem tem estômago para alinhar com esta rapaziada?
    Isto a propósito de "quem tem c.. tem medo", eheheh pois.
    e outra
    assina
    ed ?

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  3. Não há limites para a estupidez!
    Pense nisto, que tal um Forum.

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  4. Pedro tu deves ser militante do PS! Não te vejo identificado com a social democracia.

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  5. Carlinhos tens tanta dor de corno. Porque será?

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  6. Eu apoio o Carvalheira. É um homem de grande envergadura intelectual.

    ed

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  7. Se fosse militante do PS às tantas ganhava mais.

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  8. O ed deve ter um cu especial de corrida. ed e de estupidez e d de doente.

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  9. O breda até nem foi candidato contra o Carvalheira e o breda nem apoiou o seu fial amigo da Pampilhosa contra o Carvalheira.
    São todos muito corajosos mas andam todos de joelhos ao lado do Carvalheira.

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  10. Vamos lá apreciar os factos.
    1 Foi o Breda que convidou o Lousado e o Carlos para a Comissão Política ou foi o contrário?
    2 Antes de estarem com o Breda na Comissão política já tinham tido algum cargo politico relevante ou não?
    3 Não é verdade que o Carlos o lugar de maior destaque que tinha tido tinha sido o quinto lugar na lista da Junta da Pampilhosa?
    4 Não é verdade que o Lousado o cargo que tinha tido de maior relevancia tinha sido o de fazer parte de uma Comissão Política?
    5 E depois de terem aceite o convite de Breda?
    6 Carlos foi para a comissão politica e deixou a Junta e foi na lista da Câmara e foi Vereador.
    7 Lousado foi na lista da Câmara e Vereador e adjunto do Governador Civil?
    Mais factos:
    1 Imcompatibilizaram-se as comadres.
    2 Breda meteu Louzado e tirou Louzado do Governo Civil.
    3 Breda apoiou Carlos e ganharam a Carvalheira e Breda não apoiou Carlos e este perdeu contra o Carvalheira.

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  11. Quando Peres se meteu ao barulho a querer decidir tudo e passar por cima da Comissão Política, houve duas pessoas que quiseram claramente, e bem, mudar o rumo do que estava a acontecer.
    Essas pessoas foram Louzado e Carlos, se foi porque viam aí uma oportunidade pessoal ou se eram motivos meramente politicos, só eles e poucos mais saberão.
    O que é certo é que Louzado e Carlos se posicionaram para suceder José Peres.
    E o que é certo é que Louzada nao agradava a Carlos e Carlos não agradava a Louzada.
    Os restantes elementos da comissão politica não suportavam que nenhum dos dois fosse candidato.
    Quem tem boa memoria certamente se lembrará disto.

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  12. Pedro, "feicha a porta, mandou ELE.

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