domingo, 14 de junho de 2009

da demagogeologia paisagisticó-florestal


Havia um certo consenso à volta do eng. António Jorge Franco enquanto vereador (principalmente agora que vai deixar de o ser).
Mal surgiu a indicação do seu nome para CEO da Fundação Mata do Bussaco, tudo se desmoronou.
A política, tal como a vida, tem destas singularidades: quem sai de cena passa a bestial, quem se atreve a desafiar a finitude, arrisca-se.
No meio de todo este barulho, uma incongruência: há quem critique mas ninguém apresenta alternativa.
Corrijo!
Apareceu uma alternativa pela voz de um... socialista!
Episódios da vida romântica, como diria o Eça.

32 comentários:

  1. O PSD vai de mal a pior. Não apresenta alternativa nenhuma. Uns criticam o Curriculum outros por não terem sido consultados. Nada de mais errado. Falar mal por falar mal. Alternativas nenhuma. Se em vez de Engenheiro Civil fosse Economista ou Gestor ou Médico ou Licenciado em História ou Professor o prooblema estaria resolvido? Criticar é fácil apresentar soluções é que dá um pouco mais de trabalho...
    AMM

    ResponderEliminar
  2. O comentário tem toda a razão de ser...Era só elogios!!!!! Agora já não tem competência...De qualquer modo a sociedade portuguesa ( neste caso mealhadense) continua agarrada ao poder...Quem desempenha cargos públicos tem muita dificuldade em deixar cadeiras vazias, há sempre um jogo de cadeiras em que é dificil entrar alguem fora dos meandros politico-partidarios...

    ResponderEliminar
  3. O PSD anda desnorteado.Querem pegar em qualquer coisa mas acabam sempre por se enterrar.
    Caso Calhoa acabou em Tribunal com o autor ou assinante a dizer ao Juiz que não tinha nada a ver com assunto. Lamentavel.
    O caso Exploração Inertes fica em águas de bacalhau. Responsabilidade é toda dos Ministérios.
    Caso Viveiros o unico resultado que vão ter é que os funcionários da Câmara já estão todos revoltados com as desconfianças.
    Vai longe o PSD. E acomissão politica a reboque de um vereador sem confiança mas que continua a fazer os seus arranjinhos com Carvalheira.

    ResponderEliminar
  4. Faz arranjinhos com o Carvalheira mas nas costas só sabe dizer mal.

    ResponderEliminar
  5. A posição do PSD neste caso é do mais demagógico que pode existir.
    gostaria de saber quem é que escolhiam se fossem eles a nomear.

    ResponderEliminar
  6. Caro Pedro,
    Não me parece que a posição mais certa fosse a apresentação repentina duma alternativa por parte do PSD.
    Seria lógico que isso sucedesse se a escolha tivesse tido um carácter mais democrático e menos autocrático. E aí numa base de discussão da escolha seria natural que outras pessoas com outras capacidades tivessem surgido.

    ResponderEliminar
  7. Pois... estar contra por estar é bem mais fácil.

    ResponderEliminar
  8. Assim como foi feito é que está bem: nomeiam-se os da casa sem dar cavaco a ninguém. Só falta nomear também o gato e cão.
    Essa é que é a questão. Não é a de saber se há ou se não há alternativa. Até pode dar-se o caso de não haver, o que seria uma infelicidade para este pobre concelho, que anda há muito a comer da mesma sopa (e o que é mais espantoso, é que parece continuar deliciado com o petisco!!)
    Continuem, pois!
    Assim é que é bonito!

    ResponderEliminar
  9. É claro que não é o Eng Jorge Franco quem está em causa. O homem até é simpático e provavelmente, até será competente.
    Mas não acham que lhes ficaria bem, fazer de conta, ao menos,que auscultavam o concelho?

    ResponderEliminar
  10. Não têm nada que auscultar, afirmarão os fanáticos. Têm os votos, fazem o que quiserem!

    ResponderEliminar
  11. Neste caso não é uma questão de autoridade mas sim de responsabilidade. Assumir a responsabilidade por inteiro. Uma opção política.

    ResponderEliminar
  12. Acabo por não entender o seu post Pedro. Está contra ou a favor da nomeação do engenheiro para o cargo? Também era bom manifestar a sua opinião nesta exposição. afinal assume o que pensa, não é? Não gostava de o ver na pele daqueles senhores que lançam a pedra e depois escondem a mão.

    ResponderEliminar
  13. Num país a sério, o Eng Franco poderia ser convidado para o lugar pela sua competência. Como este não é um país a sério, mesmo que tenha competência, sabemos que foi um convite político.
    Não conheço suficientemente o caderno de encargos do cargo nem o curriculum do Eng Franco para poder aquilatar da sua competência.
    Simpatizo com a pessoa em causa.
    O post não era sobre a minha opinião que para o caso vale rigorosamente zero.
    O post era acerca da postura de Estado: há agremiações politico-partidárias que se podem dar ao luxo de criticar tudo pela simples razão que (felizmente) nunca serão chamadas à responsabilidade enquanto outras se devem recatar porque sabe-se que em situação semelhante trabalham precisamente do mesmo modo. Podem obviamente criticar, mas devem sempre apresentar alternativas credíveis.
    Se a escolha foi feita por quem tem competência para o fazer, cumpriu-se o preceito.
    Esperemos que alguns acontecimentos recentes não ensombrem a escolha.
    Mas não resisto a responder à sua pergunta: se fosse eu a escolher escolher-me-ia a mim. Mil contos são sempre mil contos.

    ResponderEliminar
  14. Mil contos, Pedro?
    É mesmo verdade? Ou está a brincar?

    ResponderEliminar
  15. Meu caro Pedro:
    Está a querer enfiar-me a carapuça.
    Fique sabendo, no entanto, que não a aceito.
    Se fosse eu a ter de decidir, teria consultado previamente os partidos, os verereadores e a Assembleia Municipal, tal como escrevi no artigo que, suponho, é o objecto do seu reparo.
    Gostasse ou não gostasse o partido cujas listas integro, era assim que faria. Ser independente tem destas vantagens. E se não gostam, estão ainda a tempo de me riscar das listas.
    A Mano Soares

    ResponderEliminar
  16. Não tive o prazer de ler o artigo a que se refere, Dr Mano Soares.
    O facto de ser independente confere-lhe o direito de ter um modo próprio de tratar o assunto.
    Obviamente que não pretendo enfiar-lhe seja que barrete for. Acredito, pelo pouco que temos privado, que não abdicaria desses seus princípios.
    O comentário que escrevi acima começa cínico e acaba irónico. E porquê? Simplesmente porque eu nunca me levo a sério...

    ResponderEliminar
  17. Ouvi em qualquer lado que seriam cinco mil euros.
    Posso estar enganado.

    ResponderEliminar
  18. O artigo escrito por Mano Soares demonstra uma atitude muito democrática e genuina mas peca pela dureza. Para dar a sua opinião não precisava de baixar o nível. Carlos Cabral podia ter sido criticado com mais moderação.
    AMM

    ResponderEliminar
  19. Meu caro Pedro:
    Como não conheço mais nenhuma reacção pública ao assunto, a não ser o meu artigo, publicado no Jornal da Mealhada da semana passada (onde também eram publicados, tal como no Mealhada Moderna, vagos excertos de um comunicado do PSD), deduzi que estava a referir-se ao meu artigo, o que, aliás, não teria importância alguma. As opiniões são livres. Aproveitei apenas para esclarecer que em situação semelhante não procederia do mesmo modo.

    ResponderEliminar
  20. Esqueci-me de assinar:
    A Mano Soares

    ResponderEliminar
  21. Quanto a ser duro, quando devia ser mais moderado, é uma opinião que respeito.
    Não fui ofensivo. Não escrevi inverdades. Pretendia apenas chamar a atenção para um modo de proceder que deveria ser intoleravel.
    A Mano Soares

    ResponderEliminar
  22. Caro Mano Soares acha mesmo que não foi ofensivo? Quando alguém cumpre a Lei, mesmo tendo uma opção diferente da sua, pode ser intolerável?. Como sabe pode dizer-se a mesma coisa sem recorrer a ataques menos aceitáveis. Acha que não foi ofensivo quando usou o termo ignorante, autocratico, interesseiro, fazerem o que lhes dá na real gana, desprezando todos... que tratam os outros como imbecis, como atrasados mentais. Beatas, sinistras personagens, falsos democratas, enganadores...

    Acha mesmo que não foi insultuoso?
    Quanto a mim excedeu-se. O PSD podia esperar isso do candidato à Câmara porque mal sabe falar mas de si espera-se outra elevação.
    AMM

    ResponderEliminar
  23. Se Carvalheira pede a cabeça de António Jorge porque este terá permitido uma troca de pisos nos viveiros florestais sem que tenha actuado da melhor forma (facto que carece de prova).

    O que faria se António Jorge fosse provedor da Misericórdia que num investimento programado de 300.000 contos acabasse num Milhão e meio de contos (1.500.000.00)???

    Pode sempre dizer-se que a Misericordia é uma Instituição privada, claro que pode, mas é uma instituição privada que vive de dinheiros do Estado e da Câmara.

    Como é o Peres (pagador da campanha do Carvalheira) entende que merece uma estátua, se fosse António Jorge merecia ser preso pela negligência, inoperância...

    ResponderEliminar
  24. Meu caro AMM:
    As expressões que cita são, de facto, fortes, ou mesmo insultuosas, como diz, se retiradas do contexto. Mas não acha que é já velho esse truque de usar palavras fora do contexto em que surgiram, para conseguir um determinado efeito?
    Sabe, é muito difícil usar de moderação quando nos referimos a pessoas que se fazem passar como sendo os campeões da democracia, para já não dizer da solidariedade, do humanismo e da superioridade ética, e depois, na prática, agem como agem.
    Seja como for, pode não concordar comigo. Está no seu direito. A minha opinião, no entanto, é a que expressei no artigo. E muita gente concordará com ela. Muita gente faria as coisas de maneira diferente. Não se limitaria a cumprir a LEI, como diz. Auscultaria outras opiniões, como eu sugiro no artigo, antes de cumprir a lei. Às vezes cumprir a lei não chega.
    A Mano Soares

    ResponderEliminar
  25. Caro Mano Soares:
    Não houve qualquer intenção da minha parte retirar frases do contexto. Mas julgo que deve reconhecer que até aqui neste blog é muito mais moderado do que foi no artigo. Expressa a sua opinião com muito maior elevação. Julgo que perde um pouco a razão ao usar certas expressões mais "acutilantes". A pratica não é do Cabral nem do PS mas sim de todos aqueles que têm que assumir responsabilidades. Nunca o Governo PSD iria perguntar ao PS e o contrario igual quem deveria indicar para director de um serviço, seja ele um Hospital ou uma empresa municipal ou outro lugar qualquer. Se quiser pode dizer que são todos maus e que seria melhor ouvir as oposições. Mas supondo que o fariam e escolhiam na mesma António Jorge. O que diria?
    AMM

    ResponderEliminar
  26. Poderia dizer que só ouviam as oposições para cumprir "calendário", podia dizer que a escolha que o PSD tinha feito tinha um curriculum mais comprido que o outro, podia dizer que era humilhante ouvir uma pessoa para poder sugerir apresentar o seu nome e depois ter sido preterido...
    Decidir é dificil mas continuo a pensar que é melhor decidir do que não fazer nada. E este lugar segunso sei pode ser distituido a qualquer momento sem direito a nenhuma indeminização.
    Melhores cumprimentos
    AMM

    ResponderEliminar
  27. Plenamente de acordo: decidir é melhor do que não fazer nada.
    O que é mau é decidir sem ter em conta nada mais do que as suas próprias convicções, que às vezes são puras irracionalidades (como ser adepto do Sporting, ou do Benfica, por exemplo). O acto de decidir deve ser racional. O decisor tem de estar aberto à possibilidade de existir uma melhor opinião do que a sua. E se ocupa uma posição pública de responsabilidade, tem o dever estrito de ouvir os outros, antes de decidir.
    Se essa não é a prática corrente, e de facto não é, admito-o - é outra questão. É uma prática que não pode dar bons resultados. Se as coisas passam a fazer-se só porque toda a gente as fazem da mesma maneira, para onde caminharemos? Será lícito justificar o mal, só porque outros o praticam?
    AMS

    ResponderEliminar
  28. Admito que não é fácil ser-se sempre racional. Eu, por exemplo, surpreendo-me, muitas vezes, com a minha irracionalidade. Sou do Sporting. Porquê? Não sei. (Talvez o seja porque o meu irmão também era do Sporting. Fiquei, por isso, nesse aspecto, irracional, para toda a minha vida). Mas reconhecê-lo é já uma grande coisa, que pode limitar os estragos desse tipo de irracionalidade. O problema é que existem irracionalidades de outro tipo (eu próprio também terei algumas, sei lá - ninguém é perfeito). Quando uma pessoa sofre de uma qualquer irracionalidade, sem se dar conta disso, pode ser um desastre. Desastre esse muito mais grave quando a pessoa não reconhece ou não quer reconhecer o seu problema.

    ResponderEliminar
  29. Há quem tenha uma espécie de hipersensibilidade em relação às suas irracionalidades. Esses, temem-nas e apresentam, em geral uma inibição social exagerada, que só os prejudica.
    Outros ignoram-nas pura e simplesmente. E até conseguem desdenhar, ostensivamente, a opinião de outros, quando estes lhes chamam a atenção para esse pormenor. Até se riem, e continuam na sua, como se nada de mal se passasse. E então, cilindram tudo e todos os que se atrevam a fazer-lhes sombra. Impiedosamente...
    Acha isso bem?
    AMS

    ResponderEliminar
  30. De forma alguma. Só os pequeninos é que escolhem para o seu lado toda a espécie de "mentecaptos" para que nunca sejam surpreeendidos. Caro Mano Soares continuo a apreciar muito mais o que escreve neste blog do que o que escreveu no seu artigo. A sua opinião em relação às escolhas é sem dúvida a melhor, aplicada a um mundo civilizado. Mas neste mundo onde vivemos tem coisas inexplicáveis, porque razão sempre que um Partido apresenta uma proposta todos os outros votam contra? Mesmo no nosso concelho, só me lembro de uma ou duas propostas que apresentadas pela oposição tenham sido aprovadas, e o contrário o mesmo. Porquê? No caso desta nomeação até entendo e admiro que Cabral tenha optado por este caminho. O caminho de assumir sózinho o sucesso ou não do projecto. Outras nomeações, para comissões em representação da Assembleia Municipal, não têm qualquer lógica, chega a ser mesquinho e ridiculo o uso da força para eleger sempre os do mesmo Partido que tem a maioria.
    Melhores cumprimentos
    AMM

    ResponderEliminar