sábado, 27 de fevereiro de 2010

Elementar, mas em bom!


À partida, as expectativas já estavam muito elevadas.
De um lado Guy Ritchie, pai do soberbo "Snatch" (o filme mais antigo que guardo no meu hard disk e ao qual regresso com alguma regularidade) e do alucinante "Rock 'n' Rolla".
Do outro lado, Sherlock Holmes, um dos meus interesses na vida, um interesse forte o suficiente para ter todos o DVDs (originais) da serie protagonizada por Jeremy Brett, grande parte dos livros de Conan Doyle, uma placa de Baker Street igual à original aparafusada à porta do escritório, o cartão pessoal do "consulting detective" emoldurado e a memória bem viva do dia em que realmente entrei no nº21b da artéria londrina.
Não fui defraudado.
O filme Sherlock Holmes tem um rigor histórico assombroso, uma fotografia imaculada, um set perfeito e recheado de pormenores, dois protagonistas (Robert Downey Jr. e Jude Law) que parecem ter crescido juntos, uma história algo enfabulada mas que vai ganhando verosimilhança com o decorrer da acção e uma realização extremamente personalizada.
Guy Ritchie está lá na crueza dos pormenores (a lama das ruas de Londres do secXIX é igual à do baldio onde estão acampados o cigano Brad Pitt e os amigos em Snatch), Guy Ritchie assina um estilo nos constantes flash backs que desatam a história sempre que tal é necessário.
E a música.
Antes como agora, uma banda sonora de antologia.
Infelizmente, este filme nasceu no mesmo ano da parafernália filmada em Playstation Portable que dá pelo nome de Avatar. Não fora isso e ganharia muito mais Oscares que aqueles que garantidamente já arrecadou.
Sequela já em fase de pré produção com estreia prevista para o próximo ano.


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