
terça-feira, 30 de setembro de 2008
The policy of the politics

Como nos bancos já não há dinheiro...
domingo, 28 de setembro de 2008
"Meninas"

sábado, 27 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
O Eco da cultura

O grupo de teatro Fatias de Cá, de Tomar, vai retomar a representação da sua adaptação da obra de Umberto Eco, "O nome da Rosa".
Chico & Caetano juntos e ao vivo
Uma pequeníssima amostra de um dos maiores albuns da música popular brasileira. Competiu com o disco da Elis ao vivo no festival de jazz de Montreux como banda sonora daquele que foi provavelmente o Verão mais alucinante da minha vida. No Porto, em 1988.
Conheci gente tão fascinante como um médico que me extraiu uma espinha da garganta e me mandou ir beber uma caneca de cerveja para tirar as dores -ensinamento que me ficou para a vida- ou como um bêbado, tão bêbado, que nos bateu no carro de motorizada e adormeceu em cima do capot. Até de manhã...
Sempre em parelha com o meu amigo Marco que me carregava para casa nos dias impares enquanto eu o carregava nos dias pares. O Marco zangou-se com a vida e já partiu (de mote próprio) em busca do paraíso que nunca conseguiu encontrar cá pelo planeta.
Desejo que esteja finalmente em paz.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Rometa & Julieu

Tem sido feito um grande esforço no sentido de chamar ao convívio em ambiente escolar os parentes mais próximos dos alunos, com o intuito de promover uma frutífera sinergia entre ambos: família e escola. Festas, aberturas solenes de aulas, croquetes e bussaquinas.
Nos dias de hoje esta aproximação permite, além de todas as outras vantagens, um extra de suprema importância para quem quer acompanhar as novas tendências. Uma relação bilateral que por um lado permite à escola identificar in loco a proveniência de algumas das taras que os meninos transportam consigo e por outro lado permite aos progenitores mais afoitos ficarem a conhecer quais os caminhos que terão de percorrer quando resolverem deslocar-se à escola para dar um par de lambadas a algum professor mais rígido e arreigado às chamadas regras do antigamente, vulgo educação.
Esta intimidade transporta consigo alguns riscos. O pessoal (família) tende a esquecer-se que é apenas convidado da escola, tende a esquecer-se que a escola é autónoma em praticamente todos os seus procedimentos e tende principalmente a esquecer-se que a vida em comunidade, por vezes, acarreta cedências. Manda o bom senso que quanto mais cedo os meninos tiverem acesso a essas realidades, mais facilmente se integram na sociedade. Nem o Senhor de La Palisse diria melhor!
Constou-me que corre neste momento um braço de ferro entre uma das escolas do primeiro ciclo do concelho da Mealhada e o diligente encarregado de educação de uma menina que começou agora a frequentar o primeiro ano. Parece que a menina foi colocada numa turma diferente de um colega que a acompanha, alegadamente, desde o berço e por quem nutre uma grande afeição. Ao que consta, a dilacerante separação terá ocorrido por acaso e não por qualquer outra razão de cariz mais intrincado. Mesmo assim, as duas crianças continuam na mesma escola e nada as impede de, na hora e no espaço próprios para o efeito, poderem continuar a conviver como sempre o fizeram e lhes assiste o direito. A escola não deu procedência ao pedido (pelo menos por agora, suspeito).
Mas o encarregado de educação não desarmou nos seus intentos e, alegadamente, terá apresentado em desespero e como argumento último o facto de os pirralhos serem namorados praticamente desde que nasceram.
Assume-se então que, para esta personagem de opereta (que eu não faço a mínima ideia quem seja), mais do que poderem trocar olhares lascivos e fugazes palavras apaixonadas no devassado espaço do recreio, deve ser assegurado aos nubentes o recato da sala de aula (preferencialmente em cadeiras contíguas) para fazerem florescer o que de mais lindo existe no mundo: o Amor.
É bem…mas ridículo.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Redacção

Ó tonno mio...

Raspa mansinho os sois
Poentes de vermelho vivos.
Ocres de lábios carnudos, sumarentas horas.
D'entre as árvores de lúcidos prantos,
Desfilam naturezas mortas
E pinturas em tom de Terra,
Ondas de aves indolentes
Trepam o horizonte ao céu
Buscando no infinito a vida.
Odes e cantigas
E quietas melancolias
Fundas, secas, vãs e frias
Frutas maduras, brisas esguias…
Às despedidas ocas, muitas vazias
De fulgores e paixões adormecidas
Errantes
Fugidias e bacantes,
Eternas refugiadas
Do denso calor do Verão.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Bom fim de semana para vocês tambem
É mesmo Hanna Schygulla, a menina bonita de Fassbinder, que completa com Dame Helen Mirren, o par de actrizes mais talentoso do cinema europeu.
O IC19 em hora de ponta
Robert Kubica e Felipe Massa no GP do Japão
(video enviado pelo meu amigo Luis Carlos)
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Coltrane Vanilla Ice (or not)
Este lusco-fusco de final de Verão em que de manhã está frio, à tarde calor e à noite humidade é a antecâmara da Estação da Produção. Aquela Estação do colorido único, dos entardeceres com pose de postal e daquelas manhãs rijas em que apetece tomar um cafézinho numa esplanada com um agasalho ligeiro.
Habitualmente salivo de antecipação pelo Outono. É superior a mim!
No Outono usa-se o meio termo. O dia é errante e tanto pode ser quente como frio. É o mistério da vida a palpitar.
Vodka.
O mais puro dos espirituosos.
A bebida base do Outono.
Pura e cristalina como a água gélida das nascentes.
Vodka de baunilha, café e chantilly...
E umas raspas de chocolate.
Depois do almoço para aconchegar.
Se estiver calor, será de bom tom tirar uma bica antes do almoço, açucará-la convenientemente (um pouco mais que a dose) e deixá-la a descansar. No final do repasto coloca-se gelo no shaker, o café já frio, um bom trago de vodka de baunilha (aromatizada com) e uma esguichadela generosa de chantilly em spray. Bate-se o shaker e serve-se numa taça de cocktail previamente gelada. Para decorar, raspa-se com uma faca um bocadinho de chocolate em tablete.
Se estiver frio, tira-se a bica no final do almoço, adoça-se como anteriormente e verte-se para um copo pequeno e resistente entretanto aquecido com água. Vodka por cima e finaliza-se com o chantilly em forma de artistica poia mailas raspas de chocolate. As quantidades são à vontade do freguês e afinam-se com a experiência (não convem treinar muitos no mesmo dia).
Este paleio todo porque comprei uma garrafa de vodka de baunilha para experimentar e descobri que só se consegue beber simples (não aprecio) ou nos preparos acima descritos.
Enaltecido com um Romeo y Julieta Mille Fleurs, não há tarde que me tire do sofá.
Entretanto, e porque nada se deve estragar, é bem comer-se o resto do chocolate.
E ouvir o Coltrane porque faz bem ao intelecto; torna-nos espertos!
A grandeza do inevitável

terça-feira, 16 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A função social

domingo, 14 de setembro de 2008
O pior de dois mundos

quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
O ençino

Todos sabemos que há quem tenha chegado longe sem trabalho e quem se farte de trabalhar sem nunca chegar a lado nenhum. São tropeções da vida que, na sua maioria, nem os próprios conseguem controlar. Mas são acasos: nunca serão caminhos!
O esforço deve ser compensado, mesmo que não exista castigo para os relapsos. A busca do saber deve ser um objectivo próprio, íntimo, umas vezes posto ao serviço do próprio individuo, outras ao serviço da comunidade. Todos devemos ter prazer em aprender, também porque com isso poderemos ir mais longe, mas acima de tudo porque nos enriquecemos, porque nos tornamos melhores pessoas, porque conseguiremos assim interagir mais com o mundo que nos rodeia.
Se à família compete educar (e nisso muitas falham muito), à escola compete formar.
É na escola que se constrói muito do nosso carácter. A escola permite um conjunto de experiências que a família não consegue proporcionar: o contacto com o outro que tem uma experiência de vida diferente, a interacção com o formador que a ambos enriquece, a interiorização de uma certa dose de disciplina e vida em comunidade que só mais tarde revelará a sua importância na vida das pessoas.
Mas a escola está moribunda.
Renderam-na à estatística do abandono escolar, à crueza dos números da taxa de analfabetismo (que desceu, dizem, enquanto sobe a da iliteracia) e ao ilusionismo dos iluminados que julgam que a tecnologia substitui o cérebro humano. Os alunos levam injecções de formol no cérebro desde que entram no “sistema”.
Com o intuito de combater o abandono escolar e de introduzir à força competências nos curricula insípidos dos meninos, tudo se faz para que não se melindrem. Não chumbam por faltas, quase não chumbam por terem más notas (reter um aluno dá muito mais trabalho e chatices que deixá-lo seguir a sua vidinha descansado), não são penalizados pelos continuados desrespeitos e ocasionais açoites que diligentemente distribuem por colegas, professores e funcionários (são até defendidos pelos paizinhos que habitualmente são mais mal educados que os próprios meninos), em suma, são levados ao colo para não se sabe bem onde!
Olha aqui um gajo de extrema-direita, dirá o leitor mais atento.
Mentira!
Reporto-me apenas a conversas com alunos que efectivamente estudam, que efectivamente trabalham e que não se conformam por saber que há colegas provenientes dessas tais injecções de competências (novas oportunidades e similares) que os ultrapassam pela direita e em manobras de chico-espertice chegam às faculdades sem nunca terem feito “a sério” mais que o nono ano. Alguns entrando em cursos de média elevada pela porta ambígua de certos contingentes especiais.
E o maior problema é que o próprio ensino superior público, baluarte do saber e travão da incompetência, também já está bichado: a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra tem Mestrados para pessoas sem qualificação académica. A quinhentos contos cada um.
Toma e embrulha e actualiza-te, Pedro Costa, porque o mundo, como tu às vezes dizes, anda para a frente e não para trás.
sábado, 6 de setembro de 2008
A cidade do Pego

O escritor dirigiu-se àquele que lhe pareceu ser o responsável da equipa e, num gesto que na altura pensou ser de cidadania, informou-o de que mais ou menos por aqueles lados, estavam enterrados cabos da companhia da electricidade.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Number five
“What do I wear in bed? Why, Chanel No. 5, of course.”
Na frase mais erótica do século XX, Marilyn Monroe resumiu todo o esplendor do clássico criado em 1921 por Ernest Beaux para Gabrielle Chanel, Coco para os admiradores!
Número cinco porque foi a quinta amostra do lote aquela que Coco Chanel escolheu, dizem os biógrafos e número cinco porque era o número da sorte de Chanel, diz o mito.
E o mito mantém a aura que desde o primeiro dia ousou libertar. O frasco Art Deco e o rótulo tão simples que por isso se tornou eterno, ainda hoje brilham no Olimpo das fragrâncias não consumíveis.
E agora também no das fragrâncias consumíveis.
Passaram cerca de cinquenta anos sobre a última grande homenagem a este imperturbável ícone e eis que um talentosíssimo barman londrino pretende escrever a história com o mesmo arrojo que Marilyn Monroe usou ao confiar ao mundo a sua intimidade.
O Champagne Cocktail No.5 é o resultado de um meticuloso trabalho de pesquisa que, diz quem provou, não fica a dever nada ao Chanel original.
Deposita-se no fundo de uma taça de champagne um cubo de açucar impregnado com os aromas que compõem o perfume (Ylang Ylang, Rosa de Maio, Jasmim, Neroli (aroma cítrico), Vetiver, Sandalo e Baunilha) e preenche-se com um qualquer Dom Pérignon que esteja por ali à mão.
Ao contrário dos usados no perfume, os aromas são inócuos ao consumo humano, daí o cuidadoso trabalho na sua síntese.
As taças são personalizadas com um rótulo muito semelhante ao do perfume e deve esperar-se que o cubo de açucar se dissolva em finíssimas bolhas carregadas de perfume para só depois se degustar.
Pode soar a provincianismo, mas considero isto muito mais sofisticado do que a última moda dos novos-ricos do Leste da Europa que se pavoneiam na Riviera Francesa e que queimam notas de 500 euros depois de as terem utilizado para inalar cocaína (ou não) nas suas festas particulares.
O novo Seinfeld
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Não conformidades

quarta-feira, 3 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Recriando a História

segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Leg godt
(link gentilmente cedido por António Pedro Costa)
Fico sempre maravilhado com a capacidade que a Lego tem para se adaptar às reviravoltas do mundo dos brinquedos.
Herdou esta capacidade do seu criador, o dinamarquês Ole Christiansen.
Christiansen teve uma vida recheada de contrariedades às quais reagiu sempre com uma fé inabalável nas potencialidades das suas pedrinhas de construir que começaram por ser de madeira e foram sempre evoluindo até serem hoje apenas virtuais.
Conheço o Lego desde que me conheço a mim próprio. Um brinquedo que se transformava à medida da nossa imaginação.
Depois do básico, do Duplo, das série temáticas, do Technic e do fabuloso Mindstorms que explora os territórios da robótica, a Lego introduziu-se na era digital com as séries Bionicle, Star Wars e, mais recentemente, com o fantástico Indiana Jones.
Este video foi indicado pelo meu filho que já me cobrou o favor.
Um dia, um cliente espanhol disse-me o seguinte: "Um filho, quando quer alguma coisa, moi mais que um par de sapatos apertados".
Sensato e sábio, o espanhol.
A traição
