terça-feira, 28 de dezembro de 2010

da chico-espertice


Na prática não tenho sentido muito a crise: o hotel está a trabalhar melhor que no ano passado e pessoalmente, mercê de aulas e outras peculiaridades, tenho maior desafogo financeiro hoje que no final de 2009.
É verdade.
No entanto, e porque a realidade não se esgota na minha zona de conforto, estes ultimos tempos criaram-me um maior espírito crítico no que diz respeito a desmandos, a desperdícios, a exageros e a roubos.
Comi hoje uma fatia de pudim Abade de Priscos no restaurante D. Tonho em Vila Nova de Gaia.
Fantástico o pudim, como de resto toda a refeição.
Digo sem qualquer reserva - almocei muito bem.
Cobraram-me cinco euros pelo pudim.
Um roubo?
Não, desde que me tivessem informado previamente do preço conforme manda a ética, a educação, a legislação e o respeito pelo cliente.
Como não o fizeram, é um roubo.
Os restaurantes são livres de colocar nas suas cartas os preços que bem entenderem e os clientes são livres de escolher ou não, mas apresentar uma travessa de entradas para o cliente escolher quando já não tem consigo a carta para poder aferir dos respectivos preços ou descrever oralmente o menu de sobremesas sem informar os valores das iguarias, soa-me cada vez mais a vigarice.
É precisamente nos preços que nós não vemos ou nos que nos são sonegados que se esconde o diabo e nós não vivemos tempos que se prestem à apreciação de surpresas.

3 comentários:

  1. Mas diga-se de verdade que também podes pedir para te dizerem o preço, quando enumeram as sobremesas.
    O problema é o encantamento gerado pelo aspecto do prato (ou sobremesa) que nos deixa completamente hipnotizado. E eles sabem disso!

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  2. Bom dia Sérgio.
    A iniciativa de informar deve partir do restaurante.
    Eu estive com os preços na mão quando escolhi os pratos principais o qque afasta a ilegalidade do acto.
    O meu post refere-se apenas à questão ética da coisa.
    Uma travessa de carne de porco à alentejana só custava mais 3 euros que uma fatia de pudim.
    Estes expedientes têm que mudar porque os consumidores estão cada vez mais atentos.

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  3. E por falar em ética!
    Esta foto pertence ao restaurante/blog Pratos e Travessas e não ao D.Tonho.
    Agradeço que retire a imagem pois está protegida por copyright, como sabe não pediu autorização prévia para a utilizar.

    Mónica Pinto

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