terça-feira, 29 de junho de 2010

de la mala educacion


Aconteceu-me ontem algo que já sabia que iria acontecer. Conhecendo-me como me conheço, só faltava saber quando - foi ontem à tarde.
Ia para Coimbra dar uma aulas quando resolvi meter gasóleo. Por razões que não consigo explicar, passei todas as bombas que encontrei pelo caminho (e são pelo menos 3) sem parar e só na Adémia me lembrei que tinha mesmo que abastecer. Na Adémia, que obriga a ter que desviar-me do caminho. Enfim!
Parei, comecei a abastecer, compenetradíssimo no que estava a fazer como é aliás hábito, e meti pelo menos dezanove litros de gasolina no depósito de um carro a gasóleo. Dezanove porque me apercebi, que a ideia era atestar. E gasolina daquela aditivada, da mais cara.
Só então percebi os desígnios subjacentes a ter escolhido uma bomba que nem sequer estava no meu caminho - esta tem oficina.
O senhor da oficina foi fantástico, sugou a gasolina toda do depósito com a máquina do óleo e descansou-me; como não liguei o carro não houve problema. Do mal o menos. Excepto o prejuízo. E as aulas que ficaram por dar porque tirar tanta gasolina por um tubinho demora o seu tempo.
Parece que é hábito. Não fazia ideia. Mas a experiência do mecânico a fazer tal coisa comprova que realmente o deve fazer amiúde.
Acabado o serviço e com o carro já atestado - desta vez de gasóleo - perguntei quanto era e simpáticamente disseram-me que só tinha que pagar o combustível, que um acidente pode acontecer a qualquer um.
Procurei o mecânico e dei-lhe vinte euros.
Admirado com a generosidade respondeu-me:
-O senhor acredita que há pessoas a quem fiz o mesmo jeito e que nem obrigado me disseram?
Acredito. Infelizmente acredito.

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