quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Nervoso miudinho


Este senhor meteu água no primeiro evento oficial em que participou como Presidente.
Estava nervoso, confessou.
Por momentos esteve ao nível do seu antecessor, embora esse tenha metido água até quando não estava nervoso.
Há quem diga que os ciganos não gostam de ver bons princípios aos filhos, esperemos que se passe o mesmo com os afro-americanos. Se assim for, temos Homem.
Apesar de ser o homem mais poderoso do mundo, obrigou-se (obrigaram-no?) a repetir o juramento para que interiorizasse que não basta dizer que se é humilde, é necessário demonstrar.
Um grande país, a América! Digo-o sem ponta de sarcasmo porque é precisamente nestes pequenos pormenores que se demonstra grandeza.

7 comentários:

  1. Dizer que os Estados Unidos são um grande país! É como dizer que o Oprah é um grande programa de televisão (hehe). Os grandes países vêm-se nas grandes acções/ decisões e na “fibra moral” do seu povo e não em pequenos pormenores de show off e showBiz. Serão no máximo (e irrefutavelmente) um país grande…

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  2. E onde é que estão esses grandes países, David?
    Cuba, talvez?
    Ou será que é a Palestina?

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  3. A Oprah é um grande programa de televisão para quem gosta e isso é que é importante.
    Entretem o público a que se destina, apoia socialmente, dá respostas às questões que o seu público lhe coloca.
    A definição de qualidade não é a capacidade de alguma coisa se adaptar e responder às necessidades do alvo a que se destina, ou será que também isso já mudou?
    A grandeza é subjectiva e arrogar-se guardião da sua definição poderá ser arrogância ou ignorância. Excolha o epiteto que melhor lhe serve.

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  4. Eu quando penso em grandes países, exemplos a serem seguidos, penso em Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Islândia ou ate mesmo Canada… não me diga o senhor “anónimo” que não consegue ver a diferença entre este rol de países e os Estados Unidos. Claro que se todos os países do mundo estivessem pelo menos no ponto em que estão os Estados Unidos era sinal que a Terra seguia no bom caminho. Como não estão, e a termos que escolher um modelo para seguir, ao menos que se escolha um que seja um pouquinho melhor de que os Estados Unidos e bastante melhor que Cuba (eu não sou o louçã senhor anónimo). Quanto a questão de escolher entre ignorância e arrogância, não consigo… tenho demasiado de ambas (seria como escolher se gosto mais do pai ou da mãe). Mas gostei do pormenor de “Qualidade” ser algo concreto e definível, e “Grandeza” ser uma noção subjectiva. Nunca tinha visto as coisas por esse prisma, mas subscrevo na minha ignorância e arrogância.

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  5. Infelizmente a Islandia está agora um bocadinho desfocada, mas passa-lhe!
    Bem vindo, David.

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  6. Caro David:
    Folgo em saber que não é o Louçã. Parabens.
    Os países que cita são de facto bons exemplos de qualidade.
    Mas falta-lhe a grandeza que têm os EUA, grandeza essa que lhe é conferida por algumas características únicas que mais nenhum tem: o imprevisto, o muito mau e o muito bom capazes de coexistir lado a lado, a liberdade total (capaz inclusive de destituir o Presidente) a livre iniciativa levada ao seu expoente máximo, o desenvolvimento científico sem paralelo capaz de viver lado a lado com a mais irracional crença, a riqueza ostensiva ao lado da mais sórdida pobreza. Em resumo: trata-se de um país estimulante, onde viver é um constante desafio. Onde se pode triunfar,mas de facto, onde também se pode ir pela sarjeta abaixo num ápice. Desculpe-me, mas os países que citou são, para o meu gosto, um pouco assépticos, sensaborões, previsíveis...

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  7. Sim, eu aposto que as pessoas que são vítimas da "mais irracional crença", da "mais sórdida pobreza" e das idas "pela sarjeta abaixo num ápice" têm acima de tudo isso a felicidade de viver num pais "real, com sabor e imprevisível". Deve ser por isso que são tão felizes todos os Sul-americanos e os Africanos. Também não deixa de ser coerente que num pais onde há a "liberdade total" haja Estados onde por exemplo a homossexualidade é crime… Compreendo o estado de entusiasmo e admiração por um pais assim (como disse Anatole France "a lei, em sua majestosa igualdade, proíbe tanto os pobres como os ricos de dormirem debaixo das pontes"), mas acredite que não há “grandeza” nem “características únicas” que paguem o espanto de um pelintra português que visita Estocolmo, e que depois de 3 dias na cidade em que não vê um único pedinte (tanto dentro como fora das zonas turísticas) tem que dormir na estação (que era de madrugada o sacana do comboio) e nem ai encontra um pedinte ou um sem abrigo. Isso sim, é Grandeza!

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