sábado, 24 de janeiro de 2009

Portugueses de segunda


Acabei de receber o texto abaixo por mail.
Mais uma indecência do nosso sistema fiscal à qual nenhum governo quis até hoje pôr termo.
A figura do Recibo Verde foi criada com uma determinada função para a qual ainda hoje é útil. O problema apareceu quando alguém resolveu generalizar a sua utilização, estendendo-o a todos os trabalhadores que houvesse necessidade de manter eternamente precários, com o Estado Português a liderar o pelotão.
Assinem a petição que é por uma boa causa.
O link está no final.
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"Como sabem desde sempre que trabalho a recibos verdes. Não existe trabalhador mais desprotegido que o trabalhador dito "independente" a recibos verdes. Não temos direito a férias, a estar doentes, licenças maternidade/paternidade, etc... não recebemos subsídios de qualquer ordem (baixa, desemprego, maternidade, etc.), não temos uma inspecção geral do trabalho que nos informe ou apoie (é só para os trabalhadores dependentes), recebemos ordens de todos e temos horários para cumprir como todos. Somos obrigados a pagar todos os meses a segurança social, mesmo que fiquemos 5 meses sem receber um tostão. Somos obrigados, no final da prestação do serviço, a entregar o recibo verde em como recebemos(segundo a lei) mesmo que não tenhamos recebido - o único elemento de prova que temos em nosso poder que nos serve de garantia de recebimento ou não - irónico não é?! Se as empresas não nos quiserem pagar (e existem muitas assim) para as finanças, quem está em falta somos nós, os trabalhadores independentes que prestaram o serviço, não receberam mas também não prestaram contas desse serviço (quer tenham ou não recebido).Por tudo isto, peço-vos, minhas amigas e meus amigos, familiares, a recibos verdes ou não, assinem esta petição por todos nós e, quer resulte ou não, pelo menos tentamos.
Muito obrigada e beijinhos para todos"

7 comentários:

  1. Leitura aconselhada: Actas da Câmara na altura em que António Miguel Miranda Ferreira foi Vereador.
    Sim. Foi Vereador apesar de ninguém ter dado por ela.
    As actas ilucidam qualquer um. Nem uma opinião, nem uma proposta, nem uma sugestão. Parece impossível mas basta ler. São públicas. São factos.
    Qual a diferença entre Miranda Ferreira e Herculano Neto?
    Um é cachopo e anda de gravata e o outro é um homem que não percebe de politica.

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  2. Estava a ver que ninguém ia ver essas actas. Esse senhor foi um apagão nas reuniões de Câmara. E agora faz disso uma vantagem para ficar na frente do Dr Rui Frias. É um erro crasso. O Dr. Rui Frias é o unico que se dá com o povo, que se dá com os jovens. Trocar um homem do povo por um burocrata que ninguém conhece é mais uma asneira.

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  3. Os dois comentários acima têm, de facto, tudo a ver com recibos verdes.
    Mas que raio de manicómio é este, em que se está a tornar este pobre concelho da Mealhada?

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  4. Não acredito!
    Como é possível que se seja obrigado a passar o recibo verde, mesmo que ainda não tenha recebido?
    Pode explicar este aparente paradoxo?

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  5. O paradoxo é fomentado pelo próprio Estado, mas mesmo tarde, o Estado paga sempre. No caso de formação financiada pela União Europeia, cheguei a esperar 5 meses por pagamentos quando dei formação na reconversão de desempregados ao serviço do sindicato dos texteis. Entretanto paguei o IVA do meu bolso sem ter recebido.
    Passo recibos verdes há mais de 15 anos, mais de 99% foram passados a instituições do Estado ou dependentes do Estado e a única instituição que alguma vez me pagou sem eu ter entregue antecipadamente o recibo, foi a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.
    Os privados não têm necessidade nenhuma de utilizar este expediente, utilizam-no abusivamente numa clara falta de respeito pelos prestadores do serviço. Penso que mesmo assim é o Estado o maior prevaricador.

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  6. Desculpe, mas continuo sem perceber, meu caro Pedro.
    Presta um serviço que é remunerado por x. E diz-me que antes de receber o x passa um recibo verde onde declara que recebeu o x, quando na verdade não recebeu ainda cheta?
    O que é que fará, se, quando 5 meses depois, ao reclamar o seu x, a entidade lhe espetar o seu recibo verde no nariz, onde você atestou que já recebeu?
    Ou eu sou muito inocente, ou estou louco, ou este é, de facto, um país de loucos.

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  7. É rigorosamente assim que funciona.
    Sem recibo, no Estado não se inicia o processo de pagamento. Ninguém se atreve a assumir essa responsabilidade.
    Eu digo que o Estado não constitui grande perigo porque o Estado pode demorar mas paga e nunca paga a dinheiro: logo facilmente se comprova se a quantia foi ou não paga.
    O pior são os privados.
    E como há milhares de pessoas desesperadas, disponíveis para aceitar as regras do jogo...

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