domingo, 2 de janeiro de 2011
das Janeiras
Cá por casa encerram-se as hostilidades festivas com um almoço no dia 2 de Janeiro. É o aniversário do meu sogro que simpáticamente se chega à frente sem sequer se dar ao trabalho de escolher o sítio- vai e paga. E atura as filhas, que os genros e os netos são pacíficos.
Hoje fomos ao Rocha e comemos, como habitualmente, muitíssimo bem.
A meio da refeição, com a sala completamente cheia, ouviu-se música.
Sem alarido, um grupo tinha-se instalado num dos cantos e cantou-nos as janeiras, acompanhado de acordeão, adufe, cavaquinho e bandolim.
Mal se ouviam.
A esmagadora maioria dos comensais não se dignou parar de falar, de rir, de lutar com os talheres, de bater com os copos. Senti-me ultrajado. Não era um grupo contratado, era o Coral Magister que faz habitualmente este número de forma gratuita o que só lhe cai bem a todos os títulos. Parar para os ouvir não requeria muito esforço, aplaudir seria apenas reconhecer-lhes o esforço, mas nem isso se dignou fazer uma larga maioria das pessoas.
Grunhos!
O nariz enfiado na gamela e a assunção de que existe uma estirpe de portugueses que quando mastigam, encerram os ouvidos.
No final fez-se o peditório da praxe e o tilintar do saco deu para perceber que muitos dos carros que se encontravam no parque já viram melhores donos. Ou que os donos já viram melhores tempos. Ou eram simplesmente cidadãos mal educados a quem a vida tem sorrido. Gente pequena.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
o melhor grupo a cantar as janeiras é o " grupo de cavaquinhos da Rebordosa"
ResponderEliminarse eventualmente tiver oportunidade de os ouvir no facebook ou melhor, ao vivo percebe o que lhe digo.
grande abraço
Victor Seco