O filme começa e, durante dezassete deliciosos minutos, só se ouve a cozinha. Sim. Podemos fechar os olhos e perceber, para quem ainda não percebeu, o porquê da cozinha francesa ser a mais requintada, completa, icónica, e ritualizada de todas as cozinhas do mundo delicioso.
Numa cadência vagarosa, sincopada, ritmada pelo entrechocar dos tachos e pelo crepitar dos vários calores, o milagre dá-se ali, diante dos nossos olhos que, à falta de melhor, adivinham os aromas e as consistências.
Um ritual de elegância, fogo, gelo, vida e morte em nome da vida e do prazer, do supremo prazer do usufruto.
Parei, sem fôlego, o filme que a França vai levar aos óscares no próximo ano, para vir aqui escrever o post.
Continua...
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