sábado, 25 de maio de 2024

do novo mundo que se mexe Discretamente

 



Escrevo isto sem ponta de sarcasmo. É a imagem da nova realidade.
Taylor Swift é a maior estrela da actualidade, isso parece-me um facto.
Será um fenómeno tipo Tony Carreira que tem muita gente nos concertos, mas são sempre os mesmos que o seguem com fidelidade canina ou será mesmo uma estrela planetária?
É que Taylor Swift não passa nas rádios com tanta regularidade como se pensa que poderia passar, nem aparece na televisão (a cantar) as vezes que, aparentemente, merece.
As pessoas da minha idade lembram-se com toda a certeza do "I just call to say I love you", ou do "Nikita" ou do "Still lovin' you" que, de tanto e tantas vezes nos martelarem os tímpanos, entraram no anedotário - isso é que era, para nós, ser uma canção de dimensão planetária.
Hoje, o próprio mundo e um nicho. É tudo mais discreto, mas nem por isso de pequena dimensão.
Em Junho de 2019, o meu filho foi da Mealhada a Los Angeles para assistir a um espectáculo de reencontro, na antiga sede da United Artists, de um grupo que tinha acabado anos antes. Era um grupo que fez carreira apenas no Youtube, mas cujos bilhetes foram disputados à escala planetária. Ainda hoje, se quiser saber o nome do grupo, tenho que ir ao escritório do rapaz ver o poster do show.
Confesso-me incapaz de reconhecer uma música da Taylor Swift, mesmo que ela me atropele na A1. Aliás, foi uma completa surpresa descobrir que tem repertório com qualidade suficiente para manter o estádio da Luz a cantar durante mais de três horas.
Este mundo novo não cessa de me deixar maravilhado.

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