(O escriba não entra em "Estado de escrita". O escriba sente-se árido)
O escriba anseia pelo Outono. Pelo Outono dos livros. Pelo que, tal como a Primavera, voltava todos os anos ao mesmo sítio, no mesmo dia e mais ou menos à mesma hora.
Não por este que vai chegar, mas que este ano apenas nos abandonou esporádicamente. Este Outono que se entreteve a espicaçar o Verão.
Anseia pelo Outono criativo, pintado de castanho ocre e com cheiro a vinho mosto.
Fermentos e outras leveduras que entronizem no escriba aquilo que Manuel Alegre um dia apelidou de "Estado de Escrita".
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