quinta-feira, 15 de setembro de 2011

do futuro



Segui hoje na íntegra a entrevista a Nuno Crato no liceu Pedro Nunes.
Gostei do pormenor de ser numa escola. Uma escola pública e emblemática daquilo que é o ensino público.
Gostei do tom, gostei dos objectivos traçados e gostei de saber pelo Carlos Daniel que o encerramento de escolas é já uma matéria pacífica. Se calhar faltou ao anterior executivo explicar que o encerramento tem bases economicistas mas também pedagógicas: ou o contrário.
Gostei de saber que o caminho é o da maior autonomia das escolas, assim estas estejam à altura do desafio.
Gostei de saber que vai passar para as familias a prerrogativa de escolher a escola dos seus educandos, belíssima medida.
Gostei do reconhecimento do trabalho dos antecessores, em algumas alturas até elogio. Há coisas em que um ministro não político não se deve meter e o sectarismo é uma delas.
Não gostei da indefinição em relação às Novas Oportunidades, matéria onde o objectivo deveria ser "melhorar o que está mal, manter o que está bem e continuar com mais rigor".
Não gostei da fuga ao assunto e-Escolas e e-Escolinhas (Magalhães). A população tem o direito de ser informada acerca desses projectos para que finalmente se perceba se tinham objectivos pedagógicos ou se serviram apenas para ajudar uma empresa em dificuldades e para dar dinheiro a ganhar às três maiores operadoras de comunicações a operar  em Portugal.
Não gostei de saber que ainda há muitos problemas em relação ao transporte de alunos por esse país fora.
Não gostei de ver ausente o tema Ensino Profissional.
E principalmente não gostei de ver a vénia que o ministro fez ao ensino privado. Considero que a charneira deverá ser sempre o ensino público.
Vamos então esperar e ver.

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